Um novo R no bom ambiente
Certamente já ouviu falar da máxima “Reduzir, Reutilizar e Reciclar”. Estes são os três R’s que há muito entraram no nosso quotidiano, e que nos ajudam a poupar a carteira e o planeta. Hoje falamos de um quarto: R de Reparar.
Reparar é recuperar um equipamento, normalmente um electrodoméstico, que ainda está em condições operacionais mínimas, de forma a prolongar a sua vida útil, e com a funcionalidade original. Embora muitas vezes seja esquecido, convém relembrar que podemos e devemos reparar tudo! Máquinas de lavar, televisores, telefones, aspiradores, computadores… e até o rádio onde nos escuta agora.
Infelizmente, o aumento do poder de compra e a diminuição do preço dos electrodomésticos faz-nos muitas vezes comprar um produto novo e descartar o avariado, e nem sequer ponderamos a sua reparação. Isto tem um custo muito elevado no ambiente, uma vez que gera fluxos enormes de resíduos difíceis de tratar.
Por isso, na hora de comprar, pense que é sempre preferível pagar um pouco mais por um electrodoméstico que dure mais tempo, e que seja passível de reparação mesmo fora da loja onde o adquiriu. Desta forma, estará não só a ajudar o ambiente, mas também todo o pequeno comércio dedicado à reparação de electrodomésticos, que tanto perdeu com o advento das coisas descartáveis!
Fique ainda com esta curiosidade: a cultura japonesa há muito tempo que valoriza a reparação de objectos cerâmicos partidos – é a técnica de kintsugi. Há uma filosofia por detrás: ao reparar a peça, está-se a aceitar o seu desgaste natural e a prolongar o seu papel na nossa vida.
Não deveríamos proceder assim com tudo o que temos à mão…?
Flávio Silva
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Episódios
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Este estudo refere que “com o aumento do volume de vendas dos inaladores pressurizados tradicionais”, que utilizam gases fluorados com efeito de estufa, responsáveis pelo aquecimento global, “aumenta também o seu impacto ambiental“.