Qualidade da água

O limite de nitratos na água recomendado pela Organização Mundial de Saúde, acima do qual se considera haver perigo para a saúde, é de 50mg/l. Em 2021, o último ano reportado, Portugal tinha um valor médio de 22,6mg/l e ainda estava bem longe de Malta, o pior dos 18 países, com 59mg/l, no entanto, os valores nacionais têm vindo a aumentar e são agora os mais altos desde 2010, de acordo com os dados do Eurosat publicados no portal Pordata.
Segundo esta mesma fonte de dados, em 2022 só 5 países da União Europeia apresentavam praias fluviais com pior qualidade de água do que as de Portugal (Eslovénia, Hungria, Polónia, Espanha e Croácia). Se os dados de 2022 mostram que mais de 90% da zonas costeiras de Portugal têm qualidade de água excelente, já em relação às zonas interiores, o número desce para 68%.
Podem ser várias as atividades que contribuem para este facto, passando pela agricultura intensiva ao excesso de turismo. A agricultura intensiva, na maioria das vezes com culturas desadequadas às disponibilidades hídricas e à capacidade dos solos, tem contribuído significativamente para o aumento da procura por água e para a degradação da qualidade das massas de água.
A degradação da qualidade das massas de água não só afeta reservas que deveriam ser estratégicas, para garantir o abastecimento humano, como as próprias águas subterrâneas, particularmente em períodos de seca. Apesar de já terem sido feitos alguns progressos, sobretudo ao nível do tratamento de águas residuais, os desafios ainda são grandes. Além de ser necessário um reforço muito significativo na monitorização, é também crucial adotar uma gestão mais sustentável e equilibrada entre a oferta e a procura de água, reduzindo a dependência de culturas que exijam um consumo muito elevado, promovendo, em contrapartida, práticas agrícolas mais eficientes.
Um dos projetos de investigação atualmente em curso no DAO – FONDA - visa precisamente avaliar os níveis de nitrogénio depositados nos diferentes ecossistemas. Este projeto vai ser uma mais valia para este diagnóstico e as campanhas de medição já começaram! Em breve haverá novidades!
Alexandra Monteiro

Episódios
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Imagem20 coisas a mudar na nossa casa para ajudarmos o ambiente12.07.2020Ouvir
A verdade é que continuamos muito por casa, e assim o devemos fazer face ao atual contexto. Por isso trazemos-lhe 20 ideias/mudanças que podemos fazer na nossa vida, dentro de casa!
- usar guardanapos de pano
- fazer compostagem
- comprar a granel
- fazer uma pequena horta na varanda
- evitar deixar electrodomesticos em stand-by
- aproveitar o calor do forno
- reaproveitar a agua de aquecer o banho
- comprar roupa e mobília em 2ª mao
Quantas destas coisas já está a fazer?
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ImagemResíduos em tempos de CoViD1905.07.2020Ouvir
Vivemos tempos excecionais, em que a nossa luta por questões sanitárias sobrepõe-se a tantas outras prioridades. Por exemplo, passámos a usar frequentemente luvas e máscaras descartáveis, que são mais um resíduo, que antes não produzíamos, e que agora anda por aí. Não coloque esse material descartável no chão nem no ecoponto. No ecoponto coloque apenas (e sempre!) embalagens.
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ImagemA quarentena (não) ajudou as alterações climáticas?28.06.2020Ouvir
Apesar do confinamento e da paragem causada pela pandemia, a crise climática não deve ser esquecida. Este ano está a caminho de se tornar o mais quente desde que há registos, segundo os dados registados.
A evolução das temperaturas deste ano está próxima da de 2016, um dos anos mais quentes da história.
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ImagemPlantas a ter em casa!!21.06.2020Ouvir
Sempre ouvimos dizer que as florestas são os pulmões da terra. O que pouca gente sabe é que, na realidade, as plantas podem fazer toda a diferença na qualidade do ar interior!
Pode parecer estranho, mas os interiores de nossas casas podem ser ambientes verdadeiramente tóxicos.
O formaldeído, proveniente de tintas e vernizes, dos móveis em contraplacado e até dos plásticos, liberta-se e paira no ar. O benzeno dos fumos, dos detergentes fortes e das fibras sintéticas. O amoníaco, tão presente em produtos de limpeza e libertado por eletrodomésticos de refrigeração.
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ImagemHortas (urbanas) verticais?14.06.2020Ouvir
Nesta nova realidade em que vivemos, apostar numa horta em casa pode encher o nosso o olfato e palato de sabores frescos, acabadinhos de apanhar, e também poupar nas compras de supermercado. Conseguimos convencê-lo? Esperamos que sim!
Aqui vamos dar algumas dicas para ajudar:
O mais importante é escolher espécies com raízes mais curtas, uma vez que vão crescer em recipientes mais pequenos que o habitual … e também não convém serem demasiado altas.
Por exemplo: alface, tomate-cereja, couve, rúcula, orégão, agrião, menta, tomilho, malagueta ou mesmo morangos.