Incêndios – impato na qualidade do ar

Os impactos dos fogos de há umas semanas atrás ainda estão muito presentes na nossa memoria. Mas não só na memoria! Na nossa saúde os impactos podem ser de longo prazo!
A verdade é que os efeitos deste flagelo vão muito mais para além da destruição do habitat natural, da riqueza florestal, do ecossistema, da biodiversidade, da economia local, da destruição material...A degradação da qualidade do ar é apenas (!) um outro impacto dos fogos, com efeito imediato na nossa saúde, a curto e longo prazo!
E todos se lembram de como os dias estavam irrespiráveis. Os valores de matéria particulada em suspensão no ar medidos em Aveiro confirmaram este pesadelo. Nas primeiras horas da manhã do dia 17 de setembro registavam valores superiores a 1600 ug/m3, quando o valor limite diário (para a proteção da saúde humana) é de 50 ug/m3. E atenção, estes valores extraordinariamente elevados foram medidos a dezenas de km da ocorrência dos fogos!
Foram poucos os locais seguros onde se podia respirar ar não contaminado e as máscaras voltaram e bem! sobretudo para quem tenha sensibilidade e fragilidade respiratória, são locais interiores refrigerados com sistema de filtragem de ar (o vulgar ar condicionado a funcionar adequadamente).... Se teve complicações respiratórias, crises agudas de asma, renite ou inflamação do aparelho respiratório…tudo isso se deveu à reação do nosso organismo á presença dos poluentes atmosféricos que ultrapassaram em muito os valores limite para a proteção da saúde humana! Os bombeiros, para além do perigo de vida constante, têm ainda mais esta exposição ao fumo em concentrações extraordinariamente elevadas!
Alexandra Monteiro

Episódios
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Alguma vez sonhou em fazer um doutoramento na área do ambiente?
Se sim, este minuto é para si. Se não, talvez o seja na mesma! 😊
A verdade é que foi aberta esta semana, uma fase excecional de candidaturas para o Programa Doutoral em Ciências e Engenharia do Ambiente. Este programa de excelência visa a formação avançada de investigadores e profissionais com forte competência científica e técnica para enfrentar os desafios ambientais atuais.
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Em pleno outono, com as folhas castanhas no chão, o calor regressa por uns dias, acompanhado de água-pé e castanhas: é o Verão de São Martinho. Mas, afinal, de onde vem este fenómeno?
Hoje em dia, fala-se muito sobre o aquecimento global e alterações climáticas, e muitas vezes certos acontecimentos meteorológicos são logo associados a desastres climáticos. Um bom exemplo disso é o Verão de São Martinho. Mas será este calor de outono um sinal das mudanças climáticas causadas pelo ser humano?