Incendios australia
Os fogos na Austrália foram um dos últimos eventos extremos e desastres ambientais ocorridos no mundo. Apesar dos incêndios florestais serem uma parte integrante do ecossistema australiano e um processo importante na regeneração da terra, estes fogos bateram todos os records desde que há registo, com as alterações climáticas no topo da lista dos culpados.
Estima-se que 5 milhões de hectares tenham sido destruídos até ao momento com 2000 casas destruídas – uma extensão 5 x maior que os fogos na Amazónia e 50 x os fogos na Califórnia. Estes números são ainda mais dramáticos juntamos a morte de pelo menos 25 pessoas (incluindo bombeiros) e mais de 500 milhões de animais afetados.
Para além do perigo imediato que os fogos causam aos residentes das áreas afetadas, os incêndios são uma ameaça para a saúde humana a curto e longo prazo devido às emissões e degradação da qualidade do ar. São vários os poluentes emitidos pelos fogos florestais, sendo um deles em forma de matéria particulada, cuja exposição tem impactos saúde humana, em particular no aparelho respiratório e sistema cardiovascular. Nas últimas semanas foram medidos valores de PM2.5 acima dos 200 µg.m-3 em diferentes locais na Austrália (incluindo grandes cidades onde vivem milhões de habitantes), estabelecendo valores recordes. Recorde-se que o valor limite médio anual estabelecido pela OMS para as PM2.5 é de 20 µg.m-3. Os poluentes emitidos pelos incêndios na Austrália viajaram já milhares de kilómetros, afetando áreas muito mais remotas como a Nova Zelândia e a América do Sul.
A expressão “o ar é de todos” confirma-se mais uma vez. Um recurso sem fronteiras físicas nem políticas, cuja degradação causa efeitos não só locais como também bastante longe das fontes poluidoras...
Alexandra Monteiro
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Episódios
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ImagemResíduos em tempos de CoViD1905.07.2020Ouvir
Vivemos tempos excecionais, em que a nossa luta por questões sanitárias sobrepõe-se a tantas outras prioridades. Por exemplo, passámos a usar frequentemente luvas e máscaras descartáveis, que são mais um resíduo, que antes não produzíamos, e que agora anda por aí. Não coloque esse material descartável no chão nem no ecoponto. No ecoponto coloque apenas (e sempre!) embalagens.
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ImagemA quarentena (não) ajudou as alterações climáticas?28.06.2020Ouvir
Apesar do confinamento e da paragem causada pela pandemia, a crise climática não deve ser esquecida. Este ano está a caminho de se tornar o mais quente desde que há registos, segundo os dados registados.
A evolução das temperaturas deste ano está próxima da de 2016, um dos anos mais quentes da história.
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ImagemPlantas a ter em casa!!21.06.2020Ouvir
Sempre ouvimos dizer que as florestas são os pulmões da terra. O que pouca gente sabe é que, na realidade, as plantas podem fazer toda a diferença na qualidade do ar interior!
Pode parecer estranho, mas os interiores de nossas casas podem ser ambientes verdadeiramente tóxicos.
O formaldeído, proveniente de tintas e vernizes, dos móveis em contraplacado e até dos plásticos, liberta-se e paira no ar. O benzeno dos fumos, dos detergentes fortes e das fibras sintéticas. O amoníaco, tão presente em produtos de limpeza e libertado por eletrodomésticos de refrigeração.
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Nesta nova realidade em que vivemos, apostar numa horta em casa pode encher o nosso o olfato e palato de sabores frescos, acabadinhos de apanhar, e também poupar nas compras de supermercado. Conseguimos convencê-lo? Esperamos que sim!
Aqui vamos dar algumas dicas para ajudar:
O mais importante é escolher espécies com raízes mais curtas, uma vez que vão crescer em recipientes mais pequenos que o habitual … e também não convém serem demasiado altas.
Por exemplo: alface, tomate-cereja, couve, rúcula, orégão, agrião, menta, tomilho, malagueta ou mesmo morangos.
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ImagemQue curso escolher?07.06.2020Ouvir
Vais escolher o teu curso superior daqui a uns dias e decidir um pouco do teu futuro?
E gostarias de decidir também sobre o futuro do nosso planeta?
Sim? Então este minuto é para ti...