As cidades europeias estão preparadas para a crise climática?

As alterações climáticas já não são uma ameaça distante — são uma realidade presente. Ondas de calor mais intensas, inundações frequentes, secas prolongadas... e grande parte da população vive em cidades. Mas será que as nossas cidades estão preparadas?
Mitigar ou adaptar: qual a diferença?
Mitigação significa reduzir as causas das alterações climáticas — por exemplo, cortar nas emissões de gases com efeito de estufa, apostar em energias renováveis ou tornar os edifícios mais eficientes.
Adaptação é preparar-se para lidar com os impactos já inevitáveis — como criar zonas de sombra, reforçar o sistema de drenagem para evitar cheias ou desenvolver alertas para ondas de calor.
O problema? Muitas cidades focam-se apenas na mitigação, quando os impactos já estão a acontecer. Mitigar é essencial, mas adaptar-se é urgente.
A cidades europeias enfrentam vários desafios:
Centros urbanos com pouco espaço verde e muito betão, que aumentam o calor
Infraestruturas antigas, pouco preparadas para fenómenos extremos
Desigualdades sociais que tornam algumas populações mais vulneráveis
Então o que é que precisa de mudar?
Mais soluções baseadas na natureza, como parques e telhados verdes
Transportes públicos e bicicletas como alternativas reais ao carro
Planos de emergência climática locais e políticas que envolvam os cidadãos
Investimento em justiça climática, para que ninguém fique para trás
As cidades europeias têm os meios e o conhecimento. Mas será que têm a vontade política e a urgência necessária?
A crise climática já está aqui, preparar as cidades para o futuro começa hoje.
Diana Patoilo

Episódios
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ImagemImpactos ambientais de estruturas de energias renováveis: energia eólica17.02.2025Ouvir
Esta semana vamos continuar a nossa análise sobre os impactos ambientais das grandes estruturas de produção de energias renováveis. Começamos pela energia fotovoltaica e hidroelétrica, falta ainda analisar as infraestruturas de produção de energia eólica, geotérmica, de biomassa e marinha. Hoje, falamos da energia eólica, que utiliza turbinas para converter a energia cinética do vento em eletricidade. É uma das fontes mais limpas de energia renovável, mas as suas infraestruturas apresentam impactos específicos.
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ImagemImpactos ambientais de estruturas de energias renováveis: barragens hidroelétricas10.02.2025Ouvir
A energia hidroelétrica é uma das formas mais antigas de energia sustentável. No entanto, grandes estruturas, como a Barragem das Três Gargantas, na China, a maior do mundo, têm um impacto ambiental e social profundo:
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ImagemImpactos ambientais de estruturas de energias renováveis: parques fotovoltáicos03.02.2025Ouvir
Estas próximas semanas, vamos explorar os impactos ambientais das grandes estruturas de produção de energias renováveis, como os parques solares em desertos e as grandes barragens hidroelétricas. Embora essas infraestruturas contribuam para a produção de energia limpa, também têm impactos ambientais significativos. Os parques solares em desertos, como os existentes no Sahara ou na Califórnia, utilizam áreas vastas para captar a luz solar e convertê-la em energia elétrica.
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ImagemBalanço ambiental (negativo) 202420.01.2025Ouvir
E como o prometido é devido, o minuto desta semana é sobre os aspetos menos positivos de 2024 relativamente ao ambiente. O nosso top 5 negativo recaiu sobre:
1. Alteração ao regime de reclassificação do solo rústico em urbano: a proposta do Governo em permitir a flexibilização da reclassificação de solo rústico em urbano, sendo que estes estão, em regra, incluídos na Reserva Agrícola Nacional ou na Reserva Ecológica Nacional, dificilmente dará bom resultado.
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ImagemBalanço ambiental (positivo) 202413.01.2025Ouvir
Decidimos dedicar este minuto desta semana aos 5 factos + positivos em 2024
1. Expansão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas nos Açores em 30% do mar, estabelecendo-se a maior rede do Atlântico Norte.
2. atualização dos valores pagos às entidades que estão responsáveis pela recolha e triagem das embalagens.