Bioplásticos

Já se deve ter apercebido que o contexto da pandemia fez passar para segundo plano muitos problemas ambientais. Um dos mais importantes é a poluição por plásticos, e já deve ter visto imagens dramáticas de ilhas de plástico nos oceanos, ou de tartarugas e baleias que ingeriram plástico.
Indiscutivelmente, desde a sua invenção nos finais do século XIX, os materiais plásticos vieram trazer-nos conforto às nossas vidas. Há milhares de tipos de plásticos e ainda mais milhares de aplicações que nos trazem comodidade, e sem as quais a nossa vida não seria tão fácil.
No momento em que manuseamos plástico, devemos lembrar que este é um material que não se degrada com facilidade, e provavelmente vai acabar no solo ou a flutuar nos oceanos. Além disso, 97% do plástico é produzido a partir de produtos petrolíferos não-renováveis, algo que aumenta o passivo ambiental.
Há uma alternativa recente: os bioplásticos. São produzidos por seres vivos, por exemplo bactérias (ouviu bem, bactérias). As bactérias assimilam o seu alimento, que podem ser resíduos biodegradáveis, e transformam-no em reservas de energia sob a forma de polímeros. Depois de extraídos das células, estes polímeros são processados como os plásticos convencionais. Este fenómeno de pura engenharia natural foi descoberto em 1974, e está actualmente a ser explorado por algumas das maiores indústrias químicas a nível mundial. Além de serem produzidos a partir de recursos renováveis, outra grande vantagem é que os bioplásticos são biodegradáveis, e por isso a sua utilização é muito mais amiga do ambiente.
Por isso, esteja atento aos plásticos da sua vida!
Flávio Silva
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Episódios
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Se é nosso ouvinte, já sabe que no início do ano é tradição trazer-lhe uma sugestão de mudança de hábitos que podem fazer toda a diferença neste ano novo que começa. Isto porque este é um período de reflexão, mudança e de novos projetos, certo? Aqui vão, então, algumas dicas para um ano 2022 mais sustentável:
Priorize os reutilizáveis na cozinha – Pequenas mudanças nas tarefas quotidianas podem ser muito significativas, por exemplo optar por guardanapos de pano e evitar a pelicula aderente ou papel de alumínio…
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Criar a tradição das crianças escolherem alguns dos seus brinquedos para doar é uma boa forma de ensinar o seu filho a ser solidário. Os brinquedos em boas condições podem tornar muito mais feliz o Natal de outras crianças.
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Ainda no âmbito da COP26, e para marcar o “Dia da Natureza” durante esta cimeira, líderes de mais de 120 países (representando cerca de 90 por cento das florestas do mundo) comprometeram-se a deter e reverter a desflorestação até 2030; 150 organizações concordaram em acelerar a implantação de inovações verdes para o setor agrícola; e 45 governos prometeram ação urgente e investimentos para proteger a natureza e aumentar a sustentabilidade ambiental da produção agrícola.
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Continuando a nossa reflexão sobre a Cimeira das Nações Unidas sobre o clima, a COP26, hoje falamos-lhe especificamente do mercado do carbono. Nesta cimeira foi alcançado um acordo histórico que cria o mercado global de carbono. Esta ambição já tinha sido discutida antes, mas tinha ficado de fora do Acordo de Paris.
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ImagemCOP26 Emissões29.11.2021Ouvir
A Cimeira das Nações Unidas sobre o clima (COP26) terminou há pouco. Dizia-se que a COP26 seria a última oportunidade para salvar o planeta. E será que foi mesmo assim? A expectativa era, facto, grande já que se exigiam grandes compromissos para conseguir reduzir as emissões de carbono e manter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus Celsius, a meta prevista nos Acordos de Paris, mas as dificuldades foram muitas e durante quase todo o tempo de discussão, o horizonte era pessimista. Apesar de estarem presentes mais de 190 países, alguns dos maiores e mais poluidores não compareceram.