Biocombustíveis – Será que podem substituir a gasolina e o gasóleo?

Os combustíveis fósseis são atualmente a principal fonte energética na Europa, principalmente o petróleo e gás natural vindos da Rússia. Por tudo isto, é urgente a União Europeia acelerar a concretização da transição energética e o investimento nas energias renováveis é a principal estratégia para o conseguir.
Hoje tentamos responder a uma questão que é dúvida ainda para muitos. Serão os biocombustíveis uma alternativa sustentável à transição energética na mobilidade urbana? É verdade que os biocombustíveis produzem menos 84% de gases com efeito de estufa do que os fósseis, e menos 67% do que os veículos elétricos convencionais, considerando a origem da eletricidade que os alimenta. Outra potencial vantagem da utilização de biocombustíveis é que não é necessário comprar novos veículos, nem são necessárias novas infraestruturas, pois podem ser utilizados nos motores de combustão tradicionais e as refinarias podem ser transformadas para a produção de biocombustíveis avançados. Atualmente, o gasóleo tem 7% de biocombustíveis e a gasolina 5%, mas esta % poderá também ser ainda maior e no gasóleo chegar aos 100%.
Os biocombustíveis permitem produzir energia renovável limpa líquida a partir do que podemos considerar lixo que normalmente vai para aterros. Desta forma, a utilização dos biocombustíveis pode promover a economia circular, ao transformar resíduos, que acabariam em aterros ou no oceano, em energia. No entanto, a maioria desses combustíveis é produzida a partir de óleos vegetais, como óleo de palma e de soja, entre outros.
Portugal tem já as infraestruturas, logística e o conhecimento para liderar a transformação da mobilidade sendo necessário investir principalmente no desenvolvimento de biocombustíveis avançados para poder liderar a transformação da mobilidade na nova era energética europeia.
Diana Patoilo
Este podcast tem áudios Registe-se para ouvir.

Episódios
-
ImagemSerão os sacos de papel a melhor opção?08.01.2024Ouvir
Nesta altura de natal, são precisos muitos embrulhos.
E com eles, muitos sacos vêem atrás, certo?
Hoje temos uma pergunta que pode parecer muito fácil: quais os sacos que têm menor pegada ambiental?
-
ImagemQual é a pegada carbónica do Natal?01.01.2024Ouvir
Chegou o Natal! Temos rabanadas, sonhos, o pão-de-ló a sair do forno e as entradas na mesa! E para prato principal: bacalhau cozido, peru assado ou polvo guisado? Normalmente, a escolha é simples e a tradição e gostos da família é que ganham. Mas tudo o que fazemos (comemos!) tem um impacto ambiental e as refeições de família nesta quadra festiva não são exceção. Mas há menus com menor pegada ecológica! A pegada de carbono é um indicador vital para entender e combater a crise climática, é uma metodologia que permite quantificar as emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa.
-
ImagemProjetos DAO– SymBioSalt25.12.2023Ouvir
Chegamos a dezembro e com ele chega também a procura pelo melhor prato para a ceia de Natal. O bacalhau tem lugar cativo na cozinha dos portugueses e por isso ouvimos muito falar da importância de uma pesca sustentável, mas já refletiu sobre os resíduos gerados no processo produtivo do mesmo?
-
ImagemArvore natal sustentável – Planta Viva18.12.2023Ouvir
Já ouviu falar da causa “Pinheiro Vivo”, o Pinheiro de Natal Natural ?
O "Pinheiro Vivo" é uma causa que defende a sustentabilidade ambiental, tendo como principal objetivo desmistificar a utilização pontual dos pinheiros de Natal, através de uma opção mais viável e ecológica. Com o foco na preservação das espécies Abies nordmanniana e Picea abies, existe a possibilidade de alugar um pinheiro de Natal natural (“Pinheiro Vivo”) desde 80 euros.
-
ImagemGreen MINDS11.12.2023Ouvir
Já conhece a Green Mind? A Green Mind é uma organização fundada por alunos da Universidade de Aveiro que tem como objetivo a educação ambiental para todos, estes alunos realizam atividades de divulgação de temas ligados ao ambiente em escolas de todos os níveis de ensino. Um dos eventos organizado pela Green Mind está a decorrer na Universidade de Aveiro, e é direcionado a toda a comunidade onde se pretende ajudar na disseminação de informação fidedigna sobre áreas que são direta ou indiretamente relacionadas com o ambiente e a sustentabilidade.