Água potável no futuro

As previsões, realizadas na Universidade de Aveiro (DFIS e DAO) apontam para um cenário de escassez de água no ecossistema e, naturalmente, para consumo humano. um cenário preocupante se não forem tomadas medidas que resultem na otimização da água disponível: Prevê-se que 2050 haja uma diminuição da precipitação média anual de 10% na zona norte e litoral e de 30% nas zonas interiores e no sul.
Esta redução da precipitação está relacionada com a questão das alterações climáticas. “O aumento da temperatura global do planeta potencia alterações no ciclo global da água, aumentando o contraste entre regiões secas e húmidas”. No caso português, as projeções realizadas apontam para uma redução dos níveis de precipitação durante todo o ano, com exceção dos meses de inverno.
Face ao cenário, os investigadores apelam à implementação de medidas urgentes para, no futuro, melhor captar e gerir a água da chuva. Deverão ser implementadas medidas de gestão/captação e eficiência de consumo dessa água”. Por exemplo, a implementação de sistemas de recolha de água da chuva de forma a garantir disponibilidade para irrigações agrícolas e florestais; ou ainda a realização de um planeamento integrado de uso de solo e disponibilidade de água da chuva, dos rios e dos aquíferos. Em situações mais prementes, pode ser necessária uma realocação do cultivo para zonas com uma maior disponibilidade de água da chuva, atendendo também às condições do solo e características da vegetação.
Este é mais um motivo para repensarmos o nosso uso diário de água potável…pense bem, nem que seja 1 minuto!
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Episódios
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ImagemQualidade da água09.12.2024Ouvir
O limite de nitratos na água recomendado pela Organização Mundial de Saúde, acima do qual se considera haver perigo para a saúde, é de 50mg/l. Em 2021, o último ano reportado, Portugal tinha um valor médio de 22,6mg/l e ainda estava bem longe de Malta, o pior dos 18 países, com 59mg/l, no entanto, os valores nacionais têm vindo a aumentar e são agora os mais altos desde 2010, de acordo com os dados do Eurosat publicados no portal Pordata.
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Já ouviu falar da COP- Conference of Parties, certo? Este ano foi a 29ª destas conferencias onde o objetivo principal é a luta por acordos no combate às alterações climáticas.
Este ano, em Baku, no Azerbeijão, estão reunidos representantes de quase 200 países, a tentar alcançar um acordo sobre um valor de financiamento e sobre quem vai pagar a luta climática nos próximos anos. As decisões tomadas na COP têm que ser tomadas por consenso.
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ImagemBlack Friday25.11.2024Ouvir
Todos os anos aguardamos pela Black Friday para comprar eletrodomésticos, produtos eletrónicos e roupa a preços mais baixos, mas os seus impactos ambientais são muitas vezes ignorados. Com a explosão de compras, cresce também o desperdício. Em busca de descontos irresistíveis, compramos coisas de que talvez nem precisemos e que, muitas vezes, acabamos por nunca as utilizar. Os produtos baratos incentivam a chamada "moda descartável", o que significa mais produção, mais consumo de recursos e mais resíduos para o planeta.
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ImagemPrograma Doutoral18.11.2024Ouvir
Alguma vez sonhou em fazer um doutoramento na área do ambiente?
Se sim, este minuto é para si. Se não, talvez o seja na mesma! 😊
A verdade é que foi aberta esta semana, uma fase excecional de candidaturas para o Programa Doutoral em Ciências e Engenharia do Ambiente. Este programa de excelência visa a formação avançada de investigadores e profissionais com forte competência científica e técnica para enfrentar os desafios ambientais atuais.
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Em pleno outono, com as folhas castanhas no chão, o calor regressa por uns dias, acompanhado de água-pé e castanhas: é o Verão de São Martinho. Mas, afinal, de onde vem este fenómeno?
Hoje em dia, fala-se muito sobre o aquecimento global e alterações climáticas, e muitas vezes certos acontecimentos meteorológicos são logo associados a desastres climáticos. Um bom exemplo disso é o Verão de São Martinho. Mas será este calor de outono um sinal das mudanças climáticas causadas pelo ser humano?