UA "não negará" apoio financeiro a qualquer estudante com carência financeira.

A Universidade de Aveiro (UA) "não negará" apoio financeiro a qualquer estudante "que sinalize as suas dificuldades". Esta garantia foi hoje dada pelo Reitor da UA na sessão que serviu para abrir o novo ano lectivo na academia aveirense. (com áudio) "Estou certo que muitos, se não todos – nas Universidades e nos partidos –, partilhamos a vontade de garantir que nenhum estudante deixe o seu percurso académico por dificuldades económicas. Contudo, tal deve ser assegurado pela Ação Social Escolar e também, por que não numa boa quota-parte, pelo assumir da responsabilidade social das instituições de ensino superior. Deixem-me dizer-lhes que a UA apoiou, no ano passado, com receitas suas não provenientes do Orçamento do Estado, quase 650 estudantes; investindo, nas quatro modalidades do programa que desenhou com esse propósito, para cima de 300 mil euros". "É uma política e uma sensibilidade social, com aproximadamente duas décadas, de que nos orgulhamos; e que vem a ser seguida com os mesmos fins e mecanismos comparáveis por outras universidades congéneres. Nenhum estudante da UA que sinalize as suas dificuldades deixará de ser apoiado na justa proporção do que necessita para permanecer no ensino superior. E porque é igualmente determinante para essa permanência, desenvolvemos em paralelo instrumentos de acompanhamento visando a redução do abandono escolar, como seja o programa FICA e outros. Tal é a nossa determinação, o nosso empenho e o nosso sério compromisso", referiu. "Todavia, questão muito diferente e pouco avisada, seria mexer numa das regras do jogo adquiridas; e fazê-lo de um modo desarticulado com os demais mecanismos de financiamento público do ensino superior. Arriscar-nos-íamos a pôr em causa um equilíbrio basilar na manutenção de Portugal como uma referência no contexto do ensino superior mundial; e que vem dando provas na qualidade, globalmente reconhecida, com que as Universidades vêm contribuindo para a formação avançada dos portugueses", concluiu.