UA com 400 vagas por preencher na primeira fase de acesso ao ensino superior.

A Universidade de Aveiro (UA) preencheu 83% das 2334 vagas disponíveis na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, ficando assim colocados 1934 estudantes, dos quais 63% em 1º opção e 21% em 2ª opção.

A Escola Superior de Saúde da UA e a Escola Superior Aveiro Norte preencheram a totalidade das vagas.

Engenharia Aeroespacial (183,8), Medicina (182,8) e Psicologia (167) foram os cursos com notas de entrada mais elevadas.

Para a 2.ª fase do concurso ficam em aberto 402 lugares.

Este ano, a nível nacional, registou-se uma quebra de 15% no número de candidatos face a 2024, assim como de 12% no número de colocados.

Ao contrário, o número de vagas sobrantes aumentou 130%.

Também a distribuição regional refletiu esta tendência: menos 21% de colocados nas regiões de menor procura e menor pressão demográfica, menos 16% nas regiões de maior pressão demográfica fora de Lisboa e Porto e menos 5% nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas admite que o número de candidatos na 2.ª fase do ensino superior possa ser mais elevado do que em anos anteriores. Paulo Jorge Ferreira, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, declarou à Lusa que “os calendários de exames do 12.º ano e de inscrição no Concurso Nacional de Acesso podem ter dado azo a que haja agora numa segunda fase um peso bastante maior do que aquilo que havia nos anos anteriores”.

Quanto às causas da descida de candidaturas, o Reitor da UA pede tempo para leituras corretas.

Evita análises em torno dos custos do alojamento e diz que a próxima fase do concurso e as matrículas vão dar sinais mais concretos sobre essa quebra na primeira fase do concurso.

“Se eu for colocado numa instituição, mas devido aos problemas de alojamento, por não conseguir encontrar quarto, o que faço é não me matricular, ou não me matricular logo”, explicou Paulo Jorge Ferreira.

“Esperaria agora para ver quantos destes colocados concretizam as matrículas”.

No que toca à UA, no subsistema universitário, regista-se uma taxa de ocupação de 85%. A ESSUA e a ESAN preencheram 100% das vagas, enquanto a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) ocupou 55% e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro (ISCA-UA) 72%.

Além dos cursos já mencionados, integram ainda o top 10 das notas de entrada na UA: Ciências Biomédicas (166,3), Gestão (165,3), Contabilidade – regime pós-laboral (163,8), Engenharia Biomédica (160,3), Engenharia e Gestão Industrial (159), Economia (158,5) e Engenharia Informática (158,5).

No total, ainda restam vagas em 17 cursos do ensino universitário, bem como em seis da ESTGA e quatro do ISCA-UA.

As matrículas arrancam hoje e prolongam-se até dia 28 de Agosto.

A Reitoria regista a quebra no concurso mas lembra que se trata de uma realidade nacional.

As universidades esperam que a segunda fase permita recuperar deste quadro de perda registado na primeira fase.

“O aumento de vagas sobrantes foi generalizado a nível nacional, tendo também diminuído o número de candidatos ao ensino superior”, explica a vice-reitora Ana Lillebø.

A UA prepara o acolhimento de novos alunos na semana de 8 a 12 de Setembro.

O ponto alto será o já tradicional piquenique na Alameda da Universidade, agendado para quinta-feira, 11 de setembro.

 

Texto: Terra Nova/UA/Lusa