O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses pede reforço de meios nos centros de saúde e alerta para a dispersão de meios nos centros de vacinação covid.
No dia em que foi retomada a vacinação contra a Covid-19, nos centros de vacinação, o SEP avisa o Ministério da Saúde as implicações da nova campanha de vacinação ao nível dos meios.
Foi agregada a vacinação da Gripe com a COVID.
A campanha inicia-se com a inoculação aos maiores de 80 anos e poderá ser feita nos Centros de Saúde ou nos cerca de 50 Centros de Vacinação Comunitários existentes.
Sobre esta realidade, os enfermeiros avisam para a dispersão de meios.
“Sobre esta última possibilidade – manter abertos os Centros de Vacinação Comunitários, entendemos que passados dois anos e meio e depois de ter passado o impacto inicial de um vírus desconhecido está na hora de devolver aos Centros de Saúde a excelência da prestação deste cuidado de saúde”, refere o SEP.
Os enfermeiros avisam que a manutenção de centros de vacinação “potencia a deslocalização de enfermeiros das unidades funcionais dos centros de saúde, normalmente das Unidades de Cuidados na Comunidade cuja missão é prestar cuidados a grupos vulneráveis e, consequentemente, a colocar em causa aquelas prestações”.
A tomada de posição pública diz que é “inadmissível” que sendo possível às Administrações Regionais de Saúde a contratação de enfermeiros a termo certo para fazer face a necessidades temporárias, como é o caso da vacinação, “não estejam a utilizar essa prerrogativa”.
Para os enfermeiros significa “mais cansaço em cima do cansaço físico e psíquico resultante de dois anos de pandemia acrescido de muitas mais horas de trabalho para recuperar a atividade assistencial que não foi possível fazer durante dois anos e meio”.