O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte fala na existência de cartas de “despedimento” que chegaram aos pescadores da Torreira os últimos dias.
Revela que depois de “pressões constantes para irem trabalhar, por parte dos compradores”, surge a tomada a decisão de uma compradora que rescinde os contractos de alguns pescadores.
O Sindicato diz que está provado o “desnorte de quem sempre viveu à custa deste homens e mulheres” numa decisão que o sindicato “repudia vivamente”.
“Os pescadores há muito que perceberam que mais toxinas que os resultados das análises, são os contractos de trabalho que os asfixiam. Os preços de venda do pescado e a exclusividade que os contractos obrigam representam amarras inaceitáveis, colocando todos os dias a incerteza se irão trabalhar. Os pescadores querem trabalhar, mas trabalhar com direitos, pois trabalhar sem direitos e sem uma retribuição justa não é futuro para ninguém”.
Em relação interdição da captura de bivalves, pela atribuição de categoria C na RIAV1, o Sindicato afirma que vai manter pressão para que o processo de recolha seja “transparente”, envolvendo a comunidade piscatória.
“O sindicato irá continuar a exigir maior transparência e celeridade na informação teor das análises. Que haja um plano de locais de recolha para dessa forma se poder realizar contra-análises e que seja levantamento dos focos de poluição e que dessa forma se trabalhe para erradicar esses focos, são reivindicações que não poderão ficar no papel”.