Está oficialmente aberta e termina a 5 de Fevereiro a Consulta Pública da segunda versão do Plano para a Aquicultura em Águas de Transição.
A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos assume que a ria de Aveiro tem “potencial elevado” nesta área de produção.
Robalo, Dourada, Pregado, Linguado, Enguia, Macroalgas, Microalgas, Equinodermes, Amêijoa-boa, Amêijoa-macha, Berbigão, Ostra-japonesa/gigante, Mexilhão, Ostra-portuguesa e Ostra-plana são espécies autorizadas.
Existindo riscos de erosão para as marinhas há também potencial para produzir peixe a bivalves.
A reativação de zonas inativas é uma das apostas defendidas no plano.
“É também um espaço fortemente humanizado, refletindo formas de aproveitamento de recursos naturais consentâneas e equilibradas com os ecossistemas presentes (salinas e aquiculturas), que proporcionam a instalação de novas comunidades e espécies, contribuindo para a riqueza e diversidade do sistema. Um dos objetivos do PEA é a reativação de zonas inativas”.
A ria de Aveiro é definida por 4 zonas de produção de moluscos bivalves no canal de S. Jacinto, canal de Mira, zona central e entrada do canal de Ílhavo.
Destaca-se a existência de extensas áreas de sapal, salinas, áreas significativas de caniço e importantes áreas de bocage, associadas a áreas agrícolas, onde se incluem as abrangidas pelo Aproveitamento HidroAgrícola do Vouga.
"Estas áreas apresentam-se como importantes locais de alimentação e reprodução para diversas espécies de aves, sendo que a área alberga regularmente mais de 20.000 aves aquáticas, e um total de cerca de 173 espécies, com particular destaque para o elevado número de aves limícolas".
A ZPE e Sítio Ria de Aveiro é definida como “a zona húmida portuguesa mais importante a Norte do rio Tejo”.
Classificada no âmbito da Diretiva Europeia Aves e inserida na Rede Natura 2000, alberga mais de duas centenas de espécies de aves, muitas delas de elevado valor conservacionista.
A 2.ª versão do Plano tem como objetivos a identificação espacial e temporal, existente e potencial, da utilização das águas de transição para fins aquícolas.
Existe um total de 81 estabelecimentos aquícolas na Ria de Aveiro, numa área de 202,4 hectares com 21 tanques com 154,6 hectares, 59 viveiros com 35,8 hectares e um flutuante ocupa 12 hectares.Haverá sessões públicas para dar a conhecer o documento. No caso de Ílhavo com sessão no dia 5 de junho no Museu Marítimo.