A Quercus confirma a formalização da queixa no DCIAP a pedir uma investigação ao processo de construção do Parque da Ciência e Inovação maioritariamente na Coutada, no concelho de Ílhavo. Apesar de considerar que a construção desta estrutura é “muito importante para a região de Aveiro”, a Quercus mantém a defesa a favor da existência de localizações alternativas salientando que essas sugestões foram “ignoradas pelos promotores”.
A apresentação de queixa surge na sequência do início do arranque das obras de infraestruturação do PCI que na leitura da Quercus desrespeita “uma Providência Cautelar com efeito suspensivo, também instaurada pela Quercus”.
A Câmara de Ílhavo fez outra leitura e sublinhou, recentemente, ter razões para fazer avançar a construção dos acessos.
Além das queixas sobre a falta de abertura da Universidade para discutir soluções alternativas, a Quercus diz que continua à espera de resposta a um pedido de informações sobre este assunto dirigido ao Primeiro-Ministro.
A queixa agora formalizada é uma das últimas cartadas da Associação Nacional de Conservação da Natureza que vê a obra a avançar sem que as tentativas para travar a construção produzam efeito.
“Há muito que a Quercus tenta sensibilizar as várias entidades envolvidas para a necessidade de serem realizados estudos de localização alternativa. Estes estudos, que são um imperativo legal, nunca foram realizados e constituem uma das várias ilegalidades que enfermam este processo”.
Na mesma nota divulgada pela estrutura nacional, esta noite, os ambientalistas dizem que não conseguiram ter acesso até hoje a um estudo feito no início deste ano pelo IAPMEI de Aveiro.
“A Quercus espera que, no seguimento de todos estes contactos e denúncias que tem apresentado, sejam apuradas responsabilidades e encontradas alternativas viáveis para a instalação do Parque de Ciência e Inovação, de modo a que seja defendido o interesse público”.