A Quercus Aveiro lança a iniciativa “Guarda-rios” colocando os cidadãos como vigilantes da natureza.
No início de ano 2018, a Associação Nacional de Conservação da Natureza lançou uma ação nacional denominada “12 meses/12 iniciativas” com o objetivo de chamar atenção para 12 problemas ambientais que ocorrem em território nacional e para os quais urge encontrar soluções.
A Quercus Aveiro irá dedicar o mês de novembro às zonas húmidas. Alerta para as ameaças que atingem os rios e ribeiras da região e exige a promoção de ações de gestão ativa e de restauração destes habitats.
“Apesar da proteção legal e dos compromissos assumidos, estes habitats continuam sujeitos a uma forte degradação originada por um grande número de ameaças. Alguns apresentam-se mesmo degradados em resultado de um conjunto de fatores, como a poluição da água; o assoreamento acelerado e o descontrolo que se verifica atualmente com a proliferação de algumas espécies exóticas invasoras.
O Núcleo Regional de Aveiro considera “inaceitável” que se verifiquem situações de incumprimento sistemático de diversas entidades e empresas da região.
“A fiscalização continua a ser insuficiente e a aplicação de sanções e suspensão ou cancelamento de licenças de descarga, sempre que se verificam situações de incumprimento sistemático, continua a ficar aquém do esperado”.
Com a iniciativa Guarda-rios, a Quercus apela a todos os cidadãos da região que visitem regularmente os seus rios e ribeiras para verificar o estado de saúde dos ecossistemas, nomeadamente a existência de pesca ilegal; o despejo de lixos, entulhos e outros resíduos; a alteração ilegal do uso do solo com construções, aterros e abertura ou alargamento de caminhos; o despejo de efluentes não tratados, e a existência de espécies invasoras como a acácia e a mimosa.
Os cidadãos devem enviar fotografias e vídeos das situações detetadas para a aveiro@quercus.pt, ou através da página de Facebook da Quercus Aveiro, localizando os focos de poluição para a recolha de amostras e denúncia pública.
A Quercus apela também às escolas da região que adiram a este desafio e promovam ações locais de monitorização, tornando os seus alunos num autênticos Guarda-rios.
Reitera que é “absolutamente necessário” que as autarquias locais promovam o desenvolvimento de programas de valorização de rios e zonas húmidas, estando disponível para colaborar na elaboração e aplicação de programas de restauração ecológica das zonas húmidas, que promovam a sua preservação e valorização.