Docentes, trabalhadores não docentes e investigadores da Universidade de Aveiro (UA) com vínculos precários, querem a UA "mais ativa" no programa criado para regularizar vínculos precários. Dizem que há três centenas de casos à espera de apreciação sem que a Reitoria dê sinais de preocupação.
Mário Nogueira, da FENPROF, esteve esta manhã, em Aveiro, a apoiar a concentração e a explicar que a campanha vai passar por todas as Universidades do país.
Acusa os representantes da Universidade de Aveiro, na Comissão que analisa os requerimentos dos trabalhadores com vínculos precários de instituições dependentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de "não fazerem a defesa da importância desse trabalho nas necessidades regulares" da academia.
Mário Nogueira lamenta que "os catedráticos de hoje não defendam condições como as que tiveram no passado" para as suas carreiras. (com áudio)
A UA terá dado nota que a quase totalidade dos casos, na ordem das três centenas, não corresponderia a necessidades permanentes da instituição. Essa foi a notícia vinda a público mas o Vice-Reitor, José Alberto Rafael, diz que "é cedo" para conclusões uma vez que os processos estão a ser analisados.
Diz ainda que estes processos não se podem confundir com os processos que envolvem investigadores com Bolsas da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
"Há um conjunto de pessoas que tem ajudado a UA. Estão aqui na 'componente competitiva' em que a UA concorre a projetos. Muitos investigadores tem oportunidades várias que lhes possibilitarão a candidatura e espero que tenham sucesso nos seus contratos futuros".
O Sindicato de Professores da Região Centro teme pela manutenção “abusiva” de vínculos precários e diz que vai levar a Campanha a todo o país pela integração de docentes, não docentes e funcionários.
O PCP manifestou a sua “comprometida solidariedade” com a presença de Mafalda Guerreiro e Tiago Vieira (membros do Comité Central do Partido) integrados no protesto realizado esta manhã.
Tal como expresso aos manifestantes, o PCP considera que “não há qualquer fundamento para o que agora está acontecer, a não ser por razões de natureza economicista, algo inaceitável para os comunistas”.