Professor da UA e investigador do CICECO distinguido pela carreira científica.

Professor da UA e investigador do CICECO distinguido pela carreira científica.

Luís Carlos, investigador do CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro e professor do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, foi distinguido com o Prémio ICOM, na 6th International Conference on the Physics of Optical Materials and Devices (ICOM) que decorreu em Belgrado, Sérvia, entre 29 de agosto e 2 de setembro.

A ICOM é uma conferência prestigiada na área da espectroscopia de luminescência e materiais emissores de luz para aplicações em fotónica.

O prémio ICOM foi atribuído na sexta edição da conferência com o mesmo nome ao académico da UA pelos resultados obtidos ao longo da carreira na área de investigação de materiais emissores de luz para aplicações óticas, como, por exemplo, a primeira demonstração do acoplamento magnetoelétrico num cristal molecular baseado em Yb3+ (Science 367, 671, 2020) ou o desenvolvimento de mapas de temperatura intracelulares usando micelas poliméricas contendo iões lantanídeos (Nano Lett. 20, 6466, 2020).

A utilização de materiais emissores de luz para medir remotamente a temperatura, particularmente em escalas submicrométricas, técnica conhecida como nanotermometria de luminescência, é, atualmente, um tópico de investigação de grande relevância com enorme potencial na nanotecnologia e na nanomedicina. Luís Carlos é reconhecido como um dos pioneiros da área, tendo antecipado a explosão da investigação sobre o tema, que ocorreu por volta de 2010. Atualmente, o seu trabalho tem por objetivo demonstrar que a técnica pode ser uma útil ferramenta para desvendar questões mais fundamentais, como por exemplo, a coexistência de dois estados líquidos diferentes na água (J. Phys. Chem. Lett. 11, 6704, 2020), a análise do fluxo de calor em nanoplataformas aquecedor/termómetro (Adv. Funct. Mater. 29, 1905474, 2019), ou a quantificação da velocidade Browniana em nanocristais dispersos em fluidos (Nature Nanotechnol., 11, 851, 2016).

O docente afirma-se honrado com a distinção.

“Este prémio demonstra o reconhecimento, pelos pares, do mérito do trabalho que tem sido desenvolvido na UA, desde 1996, e muito me alegra esse reconhecimento, refletindo, também, o contributo inestimável dos colegas e estudantes (principalmente) que integram, ou integraram, o grupo de investigação que fundei e dirijo (Phantom-G, http://hybrids.web.ua.pt/index.html)”.