O Reitor da Universidade de Aveiro espera que a Oficina de Acompanhamento ao Docente funcione como resposta aos problemas do ensino e não como resposta para os professores que se sentem depreciados na função. Manuel Assunção falava na sessão de apresentação da OAD com referências a estudos que classificam as universidades como boas na investigação mas em perda na capacidade de ensino.
Os resultados da segunda edição do ranking mundial da U-Multirank destacaram Universidades e Politécnicos, nomeadamente a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Aveiro e a Universidade de Lisboa mas o Relatório Europeu (Eurydice: "A Modernização do Ensino Superior na Europa: Acesso, Retenção e Empregabilidade" 2014) revela que 1 em cada 3 alunos que ingressou no ensino superior está a desistir.
O estudo Eurydice, que analisou 34 sistemas e políticas de educação na Europa, considera ainda que, apesar das "taxas inaceitáveis" de desistência registada em muitos países, "existem poucos exemplos nacionais de estratégias claras para atacar a questão" e que poucos Estados-membros têm desenvolvido políticas diferenciadas e focadas nos problemas concretos dos seus estudantes.
O Reitor da UA pede uma Oficina que ajude a qualificar o ensino (com áudio).
O coordenador da Oficina, Jacinto Jardim, traçou traçou três objetivos principais para a estrutura. “O primeiro grande objetivo é disponibilizar formação individual e de grupo pelo bem-estar emocional, mental e físico dos docentes. Precisamos destes espaços para cuidarmos das pessoas para que elas estejam bem, sempre na lógica da prevenção. Queremos construir comunidades educativas felizes através da introdução da pedagogia diferenciada e da aprendizagem cooperativa e da promoção de soft skills. Os alunos e os professores passam muitas horas em contexto educativo e se tivermos comunidades felizes todos ficamos a ganhar. E queremos uma formação contextualizada, sistemática, acreditada e geradora de ferramentas e estratégias”.