A Direção Regional de Cultura do Centro admite que o Museu de Aveiro "tem a marca forte do Barroco em Portugal e até poderia inspirar uma designação mais turística" mas considera que a história centenária "deve ser preservada".
Celeste Amaro comentava as declarações de quem pede clarificação quanto à denominação dos Museus uma vez que há o Museu de Aveiro e o Museu da Cidade. Duas referências que "confundem os públicos".
"O Museu de Aveiro tem 100 anos. Acho que não pode haver confusões. O 'outro' é sempre municipal. Sobre o processo de municipalização em 2015, vamos ver quais são os que vão ser municipalizados", disse.
"Não podemos estar a falar de algo que ainda não aconteceu e se acontecer, será a Câmara que terá de resolver essa questão", referiu, vincando que "não é o Museu de Aveiro que tem de perder o seu nome. Este Museu tem 100 anos e não terá de alterar o seu nome por causa do Museu Municipal de Aveiro". "Quem fala do Museu de Aveiro fala do Barroco. Acho que o Barroco está associado sempre a esta unidade", frisou.
Celeste Amaro falou ainda sobre a necessidade de uma política mais próxima e estratégias combinadas entre as principais cidades da região centro do país "para atrair turistas".
"Enquanto na região centro, as suas cidades principais, lutarem entre si, porque é isso que está a acontecer entre Coimbra, Viseu, Leiria e Aveiro, que querem que os turistas lá durmam todos, já para não falar em Castelo Branco e Guarda, enquanto esta região não se unir será um problema. Todos querem os seus hotéis cheios. Quem vai a Coimbra não precisa de passar dois ou três dias lá, pode sempre vir dormir a Aveiro e ir visitar diariamente a monumentalidade de Coimbra".