O Município de Ílhavo comemora os 127 anos da Restauração do Concelho.
Diz festivo que será assinalado com o lançamento da publicação “Devoção e Identidade: A Religiosidade Popular e as Festas Religiosas do Arciprestado de Ílhavo”, um livro com textos de André Pedreiras e fotografia de Pedro Esteves, coordenado pelo Centro de Documentação de Ílhavo (CDI).
A comemoração, que se realiza na Casa da Cultura de Ílhavo, esta segunda, às 18h, conta com a participação do Bispo da Diocese de Aveiro, António Manuel Moiteiro Ramos.
O programa de comemorações, preparado pelo CDI, inclui recital de piano, “Prelúdios de Debussy dos 1.º e 2.º cadernos”, por Inês Filipe.
Esta celebração assinala a recuperação da autonomia perdida em 1895, quando o concelho foi integrado em Aveiro devido às reformas administrativas centralizadoras impulsionadas por crises financeiras e instabilidade política.
A restauração foi possível graças à resiliência e ao dinamismo da comunidade ilhavense.
Ílhavo destacava-se pelo crescimento demográfico, infraestruturas significativas como escolas, serviços médicos e o Farol da Barra, bem como uma economia baseada na pesca, agricultura e indústria, com particular referência para a Fábrica da Vista Alegre e Estaleiros Mónica.
Determinantes para o restabelecimento da autonomia foram a pressão popular, o apoio de líderes políticos como Luciano de Castro e Jaime Magalhães Lima, e a revisão administrativa de 1897, que reconheceu o valor económico e social de Ílhavo.
O primeiro presidente da câmara após a restauração, Alberto Ferreira Pinto Basto, marcou o início de uma nova era para o concelho.
No final da sessão, às 19h00, será proferido o discurso oficial do autarca de Ílhavo, João António Filipe Campolargo.