A MUBi volta a tomar posição sobre o futuro da mobilidade em Portugal e desta vez para lamentar a ausência de referências à mobilidade suave no Programa para a Acção Climática e Sustentabilidade.
Diz que depois de o Plano de Recuperação e Resiliência ter “destinado zero investimento” à mobilidade activa, a MUBI diz que, agora, é a vez do Programa para a Acção Climática e Sustentabilidade, do Portugal 2030, a msotrar-se omisso excluindo os modos de transporte mais saudáveis, económicos, energeticamente eficientes e ambientalmente sustentáveis.
A MUBi considera que o Programa para a Ação Climática e Sustentabilidade deverá incluir investimentos em áreas como promoção da mobilidade activa através de campanhas para mudar a cultura de mobilidade em Portugal, apoios para os municípios implementarem, ou expandirem, sistemas públicos de bicicletas partilhadas em zonas urbanas, apoios para os municípios elaborarem e implementarem Planos de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) e Planos Municipais de Segurança Rodoviária, um programa nacional de incentivo a movimentos pendulares casa-trabalho em bicicleta, a exemplo dos que já existem em vários países europeus, reforço e capacitação técnica para a área da mobilidade activa e sustentável das estruturas e serviços públicos e financiamento de projectos de investigação, desenvolvimento e inovação na área da mobilidade activa.
Rui Igreja, dirigente da MUBi, acrescenta que “é inaceitável que o Governo não cumpra o que o próprio Governo aprovou, ao deixar de fora dos fundos comunitários um importante conjunto de medidas da Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável (ENMAC) 2020-2030[4]. Anunciar metas não chega, é preciso que as estratégias nacionais para os modos activos sejam dotadas dos meios e recursos que garantam a prossecução dos seus objectivos.”