Manuel Heitor, Ana Abrunhosa e Ana Mendes Godinho visitam, esta sexta, os laboratórios onde a Universidade de Aveiro (UA) está a realizar testes de rastreio à covid-19.
A visita do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e das ministras da Coesão Territorial e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social decorre a partir das 11h00, no Instituto de Biomedicina (iBiMED), uma das unidades de investigação da UA situada na Escola Superior de Saúde de Aveiro (ESSUA).
Desde o início de abril que a UA está a realizar testes de rastreio à covid-19 em amostras biológicas recolhidas nos hospitais da região de Aveiro.
Com capacidade para realizar até 200 rastreios por dia ao material biológico recolhido nos estabelecimentos de saúde e enviado para a Academia de Aveiro, a UA quer ajudar a região e o país na luta contra a pandemia.
Nos últimos 6 anos, a UA criou um conjunto de novos laboratórios de Medicina Molecular, incluindo laboratórios para o estudo de vírus respiratórios, tendo recentemente obtido um importante projeto da União Europeia no valor de 900 mil euros, na área da virologia, em parceria com as Universidade de Leiden e de Munique.
Os novos laboratórios do Departamento de Ciências Médicas (DCM), criados no âmbito do plano de desenvolvimento do iBiMED, assegura Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação, “reúnem as condições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-2”.
Os testes estão a ser realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado (BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV.
“Estes laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no laboratório”, refere o responsável.
Os investigadores do iBiMED que utilizam estes laboratórios, lembra Artur Silva, são sujeitos a um exame de biossegurança e a treino específico, havendo, por esta razão, “recursos humanos treinados para a realização de investigação em ambientes de elevada biossegurança”.
Uma vez que o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da recolha das amostras biológicas nos hospitais da região, que os equipamentos de processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem ao máximo a exposição dos investigadores ao SARS-CoV-2, que foi possível criar um circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas e que existem kits de proteção dos investigadores, a biossegurança está garantida pela UA.