Médicos de Saúde Pública dizem que 40% das mulheres no Baixo Vouga não cumpriram rastreio ao cancro do colo do útero.

Os médicos de saúde pública querem relançar as campanhas de prevenção do cancro do colo do útero e no Baixo Vouga os esforços estão colocados no reforço do rastreio para chegar a um número mais alargado no universo de mulheres elegíveis.

Desde 2009 no ACES do Baixo Vouga há teste molecular de pesquisa do HPV, sendo o mais sensível dedicado ao rastreio, mas nem todas as mulheres estão a cumprir esse passo em defesa da saúde.

A colheita é semelhante ao anterior (simples, rápido e indolor) mas a cobertura é, nesta altura, inferior a 60%.

Há 40% de mulheres elegíveis para rastreio que não cumpriram ainda esse passo na região de Aveiro.

Já no caso das vacinações a cobertura é mais favorável com um universo que ronda os 90%.

A pandemia acabou por adiar algumas das ações previstas e este é considero momento para relançar atividades.

O rastreio do cancro do colo do útero é aconselhado de 5 em 5 anos para mulheres entre 25 e 60 anos de idade.

Portugal registou em 2020 um total de 865 novos casos de cancro no colo do útero e 379 mortes.

Joana Matos, médica Interna de Saúde Pública, fala de um quadro que representa, em média, uma vítima diária (com áudio).

O Vírus do Papiloma Humana está identificado e a vacinação é “arma” poderosa.

Além do sexo feminino, também os jovens aos 10 anos podem ser vacinados atendendo a outros cancros como o cancro do pénis e do anús.

“É uma vacina contra 9 tipos de HPV”, adianta Joana Matos.

O apelo à vacinação aos 10 anos faz parte das mensagens da campanha agora relançada (com áaudio).

“Gostava de deixar apelo a mulheres e homens. Não deixem o rastreio para depois. Nas unidades há flexibilidade para encontrar horários convenientes. Os homens têm o papel de passar a mensagem às mulheres da sua vida”.