Uma figura à frente do seu tempo a quem Aveiro muito deve e cujo percurso é inspirador.
É desta forma que os convidados da sessão de apresentação do livro sobre Egas Salgueiro falam a propósito do empreendedor que viveu entre 1894 e 1972 e que fundou a Empresa de Pesca de Aveiro.
A apresentação do livro biográfico confirma que a iniciativa de Egas Salgueiro foi determinante no relançamento da pesca longínqua.
Valdemar Aveiro, antigo Capitão e homem que escreve sobre a epopeia, não tem dúvidas em afirmar que Egas Salgueiro foi a alavanca dessa fase expansionista (com áudio)
A obra da autoria de Manuel Ferreira Rodrigues, Professor na Universidade de Aveiro, foi apresentada por Álvaro Garrido, Diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e antigo diretor do Museu Marítimo de Ílhavo, que destaca a independência do empreendedor.
Lembra que no contexto do Estado Novo essa visão livre dificultava qualquer tipo de operação mais independente (com áudio)
Manuel Ferreira Rodrigues tem assumido investigação em torno do património industrial e citou Egas Salgueiro como “empresário de referência, com responsabilidade social e benemérito”.
Explica que o livro foi um exercício de vida feito de total liberdade tendo apenas a pressão da filha de Egas Salgueiro para concluir a obra.
“Esqueci quase a distância que tinha de ter. À dona Celeste, filha de Egas Salgueiro, quero desejar muitos anos de vida, com saúde, especialmente agora que viu realizado o sonho, quase obsessão que tinha de ver resgatada a memória de seu pai".
Egas Salgueiro manteve uma vida ligada à indústria conserveira e da pesca longínqua e foi presidente da Companhia Aveirense de Moagem (atual edifício da Fábrica da Ciência), além de cargos ocupados na autarquia e no tecido associativo.
A filha esteve na cerimónia de lançamento e fez o elogio do pai (com áudio)