A MUBi defende que pelo menos 10% do orçamento total do Estado para o sector dos transportes seja destinado à mobilidade em bicicleta, e outros 10% ao modo pedonal.
A associação quer que o próximo Governo assuma seriamente este compromisso, criando as condições para “mudar a mobilidade urbana em Portugal, introduzindo a mobilidade sustentável nas escolas e reduzindo as velocidades permitidas nas cidades”.
Avisa que as emissões do sector dos transportes têm vindo a crescer desde 2013 e que as cidades portuguesas estão “mais congestionadas e poluídas” e o “excesso de carros e o seu uso abusivo persistem como a principal barreira a que mais pessoas se desloquem a pé ou de bicicleta”.
Seis meses depois da campanha “Cidades Vivas”, especialmente focada nas eleições autárquicas, a MUBi pede compromissos aos candidatos à governação do país.
O caderno tem um conjunto de 10 medidas prioritárias, à escala nacional, para mudar a mobilidade urbana em Portugal.
A MUBi propõe que pelo menos 10% do orçamento total do Estado para o sector dos transportes sejam destinados à mobilidade em bicicleta e outros 10% ao modo pedonal, e quer que o próximo Governo se comprometa a cumprir as metas estabelecidas na Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável (ENMAC) 2020-2030, incluindo as metas intercalares para 2025.
Defende que o o Estado deverá instituir um programa nacional de apoio à implementação de Planos de Mobilidade Urbana Sustentável.
Quer o limite de velocidade nas cidades reduzido para 30 km/h e defende que o Governo apoie os municípios portugueses com mais de 50 mil habitantes na implementação de Zonas de Emissões Reduzidas nos centros urbanos antes de 2024.
Entre outras medidas, propõe também malha mais apertada na fiscalização rodoviária.
Rui Igreja, dirigente da MUBi, acrescenta que “mudar comportamentos é um processo demorado. É fundamental que Portugal possa cumprir os objectivos e compromissos em matéria de mobilidade sustentável e redução de emissões na presente década. Mas para que tal aconteça, é crucial que haja nos próximos anos um grande esforço de coordenação e investimento do Estado na transformação da mobilidade urbana em diversas frentes.”