"Isto não parou nem há previsão de que possa abrandar. Os dados que temos indiciam precisamente o contrário. As pessoas precisam de ajuda" - Cáritas.

A Cáritas Paroquial da Gafanha da Nazaré revela que na primeira semana depois do apelo lançado para ajudar a “matar a fome” a quem mais precisa, há já sinais de que a campanha não vai abrandar.

Os responsáveis e voluntários da Cáritas revelam que se trata de uma situação de emergência ditada pela pandemia que está a gerar efeitos adversos na economia familiar.

“Começamos com este pedido no fim de semana passado e demos dinamismo a uma página que tem 1250 pessoas agregadas e muitas partilhas. Temos recebido dádivas de pessoas de longe e temos apoio das autarquias locais. Temos que reconhecer as ajudas da Câmara de Ílhavo e da Junta da Gafanha da Nazaré”

Pedro Monteiro explicou, em declarações ao programa da manhã, que os apelos vão chegando e são encaminhados pelos serviços sociais da Câmara de Ílhavo.

“Ainda ontem preparamos um cabaz de emergência para uma família reencaminhada pela Câmara. Isto não parou nem há previsão de que possa abrandar. Os dados que temos indiciam precisamente o contrário. As pessoas precisam de ajuda. O que damos é a ínfima parte do que precisam. A Câmara faz a triagem e encaminha para nós. E temos zonas próximas onde não há Cáritas ativa e vamos ajudar com a boa vontade de todos”.

Aos primeiros dias a Cáritas fez chegar 18 cabazes que permitiram ajudar cerca de 64 pessoas.

“Nestes tempos que correm, os pedidos de ajuda têm vindo a aumentar, prevendo que no próximo mês este número venha a aumentar significativamente”.

Esta tarde há recolha de alimentos, entre as 14h e as 15h, na Igreja Paroquial da Gafanha da Nazaré. “Essencialmente falta leite, açucar, farinha, óleo, azeite, massas, feijão”.