O responsável pelo ISCIA faz balanço a 30 anos de atividade no ensino superior e dá nota positiva a um projeto que define como “diferente” do que existe em Portugal.
Trinta anos passaram dede 24 de Fevereiro de 1989 em que se constituiu, perante notário, a Fundação para o Estudo e Desenvolvimento da Região de Aveiro (FEDRAVE) e, simultaneamente, o Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração.
De instalações junto ao canal central, o ISCIA passou para a área do parque de feiras de Aveiro.
Surgimento num país que abria o ensino superior, universitário e politécnico, ao sector privado, para dar resposta ao aumento da procura.
Teixeira Carneiro revela que o investimento inicial foi resultante do esforço individual de cada um dos seus fundadores, maioritariamente associados a movimentos rotários, e os investimentos ao longo dos anos realizados com capitais próprios.
Num mundo em mudança e num país que procura respostas agéis na formação, o ISCIA assume o seu interesse em orientar o ensino para “nichos de mercado” e com formação garantida predominantemente em regime pós-laboral para alunos já inseridos no mercado do trabalho.
A proteção civil e as ciências do mar foram áreas que surgiram nos últimos anos e que a escola promete reforçar.
A formação na área marítimo-portuária; os estudos superiores em segurança e higiene ocupacionais e a formação na área da gestão de infraestruturas turísticas fazem parte dessas apostas num contexto considerado complexo.
“Ao fim de 30 anos, podemos fazer um balanço positivo, mas muito árduo, da nossa vivência em Portugal: manifestamente os aparelho político e aparelho burocrático de Estado, independente da configuração político-partidária que ao longo dos tempos foram assumindo, em função dos resultados eleitorais, sempre, na resultante da sua ação comportamental, se mostraram contrários à iniciativa privada, criando constrangimentos visíveis na própria legislação em que as leis são feitas prioritariamente a pensar nas instituições estatais, deixando algumas disposições finais para as instituições privadas”, refere Teixeira Carneiro.
O ISCIA aposta na designação Instituto Superior de Aveiro e reforça a aposta na língua portuguesa e nas comunidades espalhadas pelo mundo com ensino à distância.
“Estamos, pois, decididos a iniciar estes novos trinta anos, 2020 – 2050, orientados para esse objetivo estratégico, sabendo que iremos continuar a ter dificuldades impostas pelas estruturas burocrático-governativas mas que cremos vir a obter sucesso”.