O Município de Ílhavo foi eleito Vice-Presidente da Assembleia-Geral da Associação Portuguesa das Cidades e Vilas da Cerâmica.
É o resultado da AG que elegeu os corpos diretivos para os próximos dois anos.
O Município de Ílhavo será representado pela Vereadora Mariana Ramos, responsável pelo Pelouro do Desenvolvimento Local, que inclui o Património Cultural.
A APTCVC é constituída por 19 municípios portugueses, tendo como fundadores, Ílhavo, Aveiro, Alcobaça, Barcelos, Batalha, Caldas da Rainha, Mafra, Montemor-o-Novo, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Tondela, Viana do Alentejo, Viana do Castelo e Vila Nova de Poiares.
Esta organização visa promover e incentivar o desenvolvimento económico, turístico e patrimonial dos territórios com larga expressão de cerâmica, contribuindo para o reforço da identidade cultural e preservação da memória coletiva.
Ílhavo destaca-se pela presença muito marcada da cerâmica tendo como baluarte a Fábrica da Vista Alegre, com quase dois séculos de existência, e a Oficina da Formiga, que explora a tradição da faiança portuguesa, recuperando os motivos e as cores usadas pelas olarias da segunda metade do século XIX.
A produção artesanal tem-se diversificado e a renovação de talentos e novas olarias prossegue, como é o caso da Aquiles.
Esta vocação para a cerâmica é, ainda, “matéria-prima” para a produção cerâmica artística, de grande valor social, moldada e pintada por pessoas portadoras de deficiência, utentes do Centro de Ação Social do Concelho de Ílhavo (CASCI).
Além deste caráter cultural e até afetivo materializado, sobretudo, na louça de cerâmica decorativa e artística, estão instaladas em Ílhavo várias unidades industriais tanto da área de louça utilitária, como de pavimentos e revestimentos com peso na criação de emprego no município.
Outra das marcas é o património de azulejaria portuguesa em zonas históricas residenciais.
“É com este valor atribuído à cerâmica que a Câmara Municipal de Ílhavo pretende dar um forte contributo no trabalho desenvolvido enquanto membro da Associação Portuguesa das Cidades e Vilas Cerâmicas”, explica a autarquia.