Ílhavo analisa as ocorrências de fogos florestais concluindo que 2022 foi um ano com menos ocorrências e menos área ardida.
No ano 2022 registaram-se, até à data, 15 ocorrências e 1,8 hectares de área ardida, no Município de Ílhavo, o que representa um decréscimo em relação à média dos últimos dez anos, que é de 27 incêndios por ano e 2,08 hectares ardidos.
A negligência associada à queima de sobrantes agrícolas e florestais é a principal causa destas ocorrências.
Os dados foram apresentados, na sexta-feira passada, na quarta reunião ordinária da Comissão Municipal da Gestão Integrada de Fogos Municipais de Fogos Rurais, na qual estiveram presentes João Campolargo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo; Pedro Barreirinha, comandante dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo; Joana Carinhas, em representação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF); David Devesa, do Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal da Região de Aveiro; com apoio do Gabinete Técnico Florestal (GTF) da Câmara Municipal de Ílhavo.
O relatório de queimas autorizadas e não autorizadas contabilizou, em 2022, 860 registos, tanto autorizados como não autorizados, com maior incidência na freguesia de S. Salvador, seguida da freguesia da Gafanha da Nazaré.
Este número exclui queimas não comunicadas.
Durante o período crítico, que decorre entre junho e outubro, foram submetidos 251 pedidos de queimas de sobrantes, mas nenhum foi autorizado, por falta de condições.
Constatou-se, por isso, na referida reunião, a necessidade de reforço da sensibilização para a não prática de queimas durante o período crítico.
Durante a mesma reunião foi, ainda, apresentado o relatório da gestão de combustíveis (vegetação), no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) e no âmbito do Regulamento do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Limpeza Urbana do Município de Ílhavo.
Com base na informação apresentada, a comissão propôs e aprovou a realização, no primeiro trimestre de 2023, de um conjunto de ações de sensibilização e formação, em todas as freguesias, com vista à obrigação e correta comunicação de queimas, na plataforma do ICNF, servindo também para alertar para a obrigação da gestão de combustíveis nas faixas de gestão de combustível, definidas em sede do PMDFCI.
Para tal, pretende-se envolver nessas ações de sensibilização e formação o GTF da Câmara Municipal de Ílhavo, os Bombeiros Voluntários de Ílhavo e a GNR.