Ílhavo: Comunicações foram "ponto sensível" do apagão.

Ílhavo espera ter o fornecimento de energia reposto a 100% logo que uma intervenção em curso pela EDP na Gafanha de Aquém esteja concluída mas essa intervenção não está relacionada com a quebra verificada esta segunda em apagão ibérico que deixou Portugal e Espanha sem energia.

Ontem à noite a cobertura já chegava a 99,9% do território.

O incidente com as redes levou a que serviços de proteção civil, autarquias, forças de segurança e agentes ligados a setores estratégicos estivessem em prontidão durante o dia.

Esse ambiente de prevenção vai até ao meio dia desta terça, momento para uma reunião entre autarcas, forças de segurança e agentes de proteção civil.

O Município retrata, agora, as horas que decorreram entre o corte às 11h30 e o restabelecimento dos fornecimentos por volta das 20h.

A maior preocupação esteve centrada em lares, hospital de cuidados continuados e unidades de saúde devido à conservação de vacinas.

O fornecimento de geradores foi uma das ações mais repetida ao longo deste dia.

As comunicações viriam a merecer uma ação preventiva com entrega de rádios, ao final da tarde, precavendo um eventual não restabelecimento das comunicações para assegurar comunicações durante a noite.

A GNR foi parte ativa destas operações especiais com vigilância sobre locais em que os alarmes não estariam aptos a funcionar podendo tornar-se alvos e atenção ao transporte de combustível para “alimentar” geradores.

“As ações de reforço foram particularmente focadas nas áreas comerciais, designadamente em hipermercados, nas zonas industriais e nos postos de abastecimento de combustíveis, abrangendo todo o território nacional”, refere nota da GNR.

Os planos envolveram ainda a logística de carregamento de equipamentos em particular para garantir resposta a habitações que dependem de fornecimento de oxigénio a doentes cujos equipamentos não garantem autonomia superior a 24 horas.

João Campolargo, autarca de Ílhavo, relata uma “experiência importante” para perceber as carências em caso de emergência.

Uma das lacunas mais reportadas está relacionada com as comunicações e sistema de informações à população.

As autoridades espanholas investigam a causa do apagão que deixou a península ibérica sem energia e os primeiros dados apontam para uma desconexão do sistema eléctrico Espanhol do Sistema Europeu a partir de França.

Uma quebra que gerou desequilíbrios em toda a rede que atingiu Portugal.

Eletricidade e comunicações sofreram essa paralisação num verdadeiro colapso.