Ílhavo: Artesãos pedem "voz ativa" na organização da mostra de artesanato do Festival do Bacalhau.

O presidente da associação de artesãos do concelho de Ílhavo admite que a fileira gostaria de ter participação mais direta na organização da mostra de artesanato do Festival do Bacalhau.

António Lau assume há sugestões de melhoria em diferentes áreas, com baixo custo, que poderiam ajudar a qualificar a mostra.

Um dos desejos passa pela criação de um stand próprio da Alheta, além das representações individuais dos artesãos, tudo enquadrado por um manual de estilo quanto à organização das bancas.

O presidente da Alheta acredita que com pequenos gestos seria possível melhorar o certame.

Mas por agora ainda sem uma voz própria na organização do evento (com áudio)

António Lau em entrevista ao programa “Conversas” falou de cinco meses de atividade da associação que procura dar apoio à certificação de artesãos.

A carta e os requisitos para dotar os agentes do setor das ferramentas necessárias à sua atividade mobiliza o esforço de uma instituição a dar os primeiros passos.

António Lau confessa que além de tentar atrair novos sócios pretende ajudar a qualificar a atividade separando o “verdadeiro artesanato” do que podem ser iniciativas que não obedecem a essa tipificação com a autenticidade e os saberes tradicionais (com áudio).

Sobre o município de Ílhavo diz que há motivos ainda por explorar.

Em terra de forte tradição cerâmica, gostaria de acolher ceramistas na Alheta. “Ainda não temos nenhum”, afirma Lau.

Mesmo nos campos mais tradicionais associados a artefactos marítimos e símbolos como o farol e as casas da Costa Nova, o dirigente entende que é possível dar expressão ao uso da madeira.

A integração de Vale de Ílhavo na rede de aldeias de Portugal abriu nova frente que poderá ser aproveitada por artesãos locais para fomentar o incremento de símbolos com os cardadores (com áudio).

Relevante seria também a definição de palcos centrais para mostras de artesanato com o Largo do Farol à cabeça das preferências.

Passos que o tempo vai ajudar a construir e que os artesãos gostariam de agarrar em mãos em comunhão com os poderes públicos, entidades promotoras de eventos.