O setor cultural em Ílhavo reforça a oferta com a criação de uma companhia de dança jovem.
Apostada no apoio às artes performativas, esta ação integra um conjunto de outras ações do Programa de Apoio à Produção Local com que o 23 Milhas arrancou em março deste ano, mas que é marca do seu trabalho no território há anos.
A Companhia representa um reforço da já consolidada ligação às três escolas de dança do Município - IP Arabesque, Fulldance Studio, Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, - potenciando-as, criando condições para que os seus alunos “tenham experiências mais aproximadas da profissional, aumentar as suas referências e ambições, fortalecer redes e envolver artistas de várias áreas nas suas criações finais”.
O projeto, que terá a coordenação artística de Luiz Antunes, surge também no seguimento do “A ria gela a partir das margens”, um espetáculo de dança criado exclusivamente para a edição de 2020 da Milha - Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo, que juntou o coreógrafo às três escolas de dança de Ílhavo, e a vários criadores ilhavenses, desde o maestro Henrique Portovedo ao criador de moda Joel Reigota.
Todos os anos, o 23 Milhas desafiará um coreógrafo para uma criação que será multidisciplinar, que convocará vários artistas locais na construção da banda sonora, do cenário ou dos figurinos, e que será apresentada em novembro na Milha - Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo.
Os primeiros criadores convidados são os bailarinos e coreógrafos São Castro e António M Cabrita, dupla que assume a direção artística da Companhia Paulo Ribeiro, em Viseu, e desenvolve, desde 2011, uma colaboração artística que se propõe ao cruzamento de interesses e estímulos criativos como o movimento, imagem e som.
A Companhia de Dança Jovem de Ílhavo procura evidenciar Ílhavo como “território fértil para a criação e para a fixação de artistas, em sintonia com aquela que tem sido a missão do 23 Milhas”.
Os trabalhos da criação deste ano arrancam no final de maio.