O Hospital de Aveiro tinha hoje de manhã, 150 doentes Covid-19 internados em enfermaria e 9 doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).
A informação 'passou' numa comunicação da Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV).
Nos últimos cinco dias faleceram 24 pessoas com Covid-19 num total de 47 óbitos obrigando a tomar medidas para aumentar o espaço necessário.
"Neste momento, e como o CHBV tem vindo a afirmar, a gestão de vagas é feita diariamente, sendo que, havendo necessidade, há capacidade para alargar, no imediato, os internamentos em enfermaria. Já em Cuidados Intensivos, para além da gestão nacional em rede que tem vindo a ser feita, tem contribuído para a gestão das 10 camas da UCI, a Unidade de Cuidados intermédios, com capacidade para 8 doentes", é referido.
Dos 9 doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos, 5 tem idade compreendida entre os 60 e os 69 anos, sendo que 4 são do sexo masculino e 1 do sexo feminino.
Já relativamente à situação no Serviço de Urgência, ontem dia 19 de Janeiro: 32% dos episódios de urgência foram relativos a patologia respiratória (82 adultos e 17 crianças). Das 68% de pessoas que recorreram ao Serviço de Urgência com outras patologias, 33 foram atendidas na Urgência Pediátrica e 181 na Urgência de Adultos.
Também ontem, dia 19, foram realizados, no CHBV, 217 testes à COVID 19, sendo que 27% testaram positivo.
Relativamente à situação na Morgue do CHBV, "dispõe de um espaço próprio, com as condições necessárias, para receber os cadáveres oriundos dos internamentos, Serviço de Urgência e do exterior (com necessidade de autópsia). Para além de uma Capela e de salas de trabalho, dispõe de uma câmara frigorífica com capacidade para 8 corpos, cabendo ao Centro Hospitalar do Baixo Vouga a sua manutenção". Este espaço é cedido, a título de co-ocupação e de forma gratuita, ao Instituto de Medicina Legal, "para que os seus colaboradores possam nele levar a cabo as necessárias perícias legais, entre elas, as autópsias". Esta partilha de espaço "dura há já vários anos e tem decorrido da melhor forma", adianta o CHBV, sublinhando que "com o evoluir da pandemia, as condições – quer a jusante, quer a montante – alteraram-se (e alteram-se diariamente). Senão vejamos: Desde a última semana, à semelhança do que está a acontecer em todo o território nacional, a mortalidade, nos hospitais, tem crescido de forma acentuada. No CHBV, nos últimos 5 dias faleceram 24 pessoas com COVID, num total de 47 óbitos, sendo que a morgue do CHBV recebe também cadáveres do exterior (que aguardam decisão de necessidade de autópsia) que, nos últimos 5 dias, foram 12. Há, alegadamente, lista de espera nos crematórios e, alegadamente, por razões sanitárias, maiores dificuldades em agendar as cerimónias fúnebres, o que leva as agências funerárias a protelar o levantamento dos corpos; A conjugação destes fatores, por si só, tem dificultado a gestão do espaço. Porém, para o Centro Hospitalar do Baixo Vouga tem sido prioridade assegurar a dignidade dos cadáveres, tendo encetado as seguintes diligências: Aquisição de um contentor frigorífico (com previsível colocação amanhã, quinta-feira, dia 21 de janeiro); O espaço da Capela já foi adaptado, tendo sido adquirida uma plataforma de acondicionamento de cadáveres, de forma a garantir a sua digna acomodação, enquanto aguardam o respetivo levantamento por parte das agências funerárias; De forma a garantir a integridade dos cadáveres à espera de decisão de autópsia, estes têm tido– como habitualmente – prioridade na ocupação da câmara frigorífica; Assim, a situação é, efetivamente, de exceção, mas está a ser acompanhada, desde o primeiro minuto, pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga que, como até então, tem garantido, garante e garantirá a dignidade e segurança do espaço da morgue", conclui.