Governo quer facilitar financiamento às empresas turísticas mas setor só quer menos carga fiscal.

Ana Mendes Godinho, nova Secretária de Estado do Turismo, disse hoje em Ílhavo que o Governo está a "criar condições para facilitar o financiamento às empresas turísticas", revelando que "novos protocolos bancários serão lançados em breve" (com áudio). Sublinhou que o Governo está empenhado em criar condições para potenciar o crescimento do sector turístico em Portugal.

Sob o mote 'Captar Negócio', a Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) promove, entre hoje e amanhã, o IV Congresso no Hotel da Vista Alegre. A conferência é destinada a empresários, representantes de entidades públicas e associativas, consultores e estudantes da área do turismo, do marketing e de outras áreas.

Pedro Machado, Presidente da Turismo Centro de Portugal (TCP), falou de investimentos feitos e "desenvolvidos" na região centro para dinamizar o sector. Devido a novos investimentos a região centro "tem qualidade na oferta, sobretudo para a realização dos grandes congressos". "Temos predisposição para enraizar o posicionamento na organização de grandes congressos e combater a fortíssima sazonalidade da região centro tentando também aumentar os valores da 'nossa' estadia média", referiu Pedro Machado.

Francisco Calheiros, Presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) reclamou a diminuição da carga de impostos e melhorias na legislação laboral. "Não podem continuar a fustigar o turismo com taxas, impostos e custos de contexto, desadequados e injustos, que impedem o desenvolvimento económico", disse.

Ao longo destes dois dias, estarão em debate pistas para a internacionalização das empresas, os novos problemas que o desenvolvimento turístico traz ao ordenamento urbano, as vantagens e riscos da utilização das novas tecnologias na agilização dos negócios e na promoção, os programas de apoio à modernização e qualificação das empresas, a imagem de Portugal no mundo enquanto destino de turismo de ar livre e, por último, as questões relativas à fiscalidade que mais têm afectado as empresas de congressos, animação turística e eventos.