Professores afetos ao Sindicato de Todos os Professores, fundado em 2018, continuam em greve por tempo indeterminado e, esta segunda-feira, com ações à porta da Escola Básica da Gafanha da Nazaré e à porta da Câmara de Ílhavo.
Os professores da Escola Básica da Gafanha da Nazaré estarão, às 8h30, em manifestação à porta desta escola para explicar aos meios de comunicação e às famílias o propósito da ação.
Depois, às 18h, estarão em frente à Câmara Municipal de Ílhavo.
O protesto nacional começou na sexta-feira com greve por tempo indeterminado convocada pelo S.T.O.P que contesta as propostas de alteração aos concursos e exige respostas a problemas antigos da classe docente.
Este é um momento em que o Ministério da Educação negoceia com os sindicatos mas com divergências de fundo por parte das estruturas sindicais.
As alterações ao modelo de concurso de colocação de professores e as condições da carreira (salários, dificuldades na mudança de escalão, tempo de serviço congelado) são apresentados como justificação para a paralisação.
Um dos pontos que merece mais contestação é a criação de mapas intermunicipais e do conselho de diretores que passam a poder escolher os professores por “adequação de perfil".
Os docentes dizem que este é o primeiro passo para municipalizar a educação.
Há também manifestação agendada para março de 2023 e vigílias um pouco por todo o país.
A Greve está também a levantar dúvidas entre as famílias quanto aos procedimentos adotados pelos agrupamentos.
Os pais revelam que há alterações aos procedimentos habituais em situações de greve dos professores.
Em causa o eventual encerramento de escolas.
Os pais questionam se é possível o encerramento das escolas não se tratando de uma greve Geral que abranja todos os setores profissionais da Escola.
Isto porque dizem ser mantido recursos como o bar, biblioteca, papelaria e refeitório.
Há pais que dizem estar sob “ameaça” uma vez que a manutenção do ATL pode ser considerada irregular num quadro de greve, visto poder tratar-se de uma “substituição” de professores.
Pedem esclarecimento à Câmara de Ílhavo para saber como devem atuar na gestão dos ATL e perguntam se pode um qualquer sindicato ou direção de agrupamento condicionar uma resposta de caráter social organizada para o dia.