A Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, admite que há auscultação ao mercado e que acredita que desta vez o forte vai mesmo ser concessionado.
O edifício sede do Porto de Aveiro recebeu esta tarde a cerimónia de lançamento do Concurso Público para a concessão da exploração do Forte da Barra.
Esta operação surge ao abrigo do Programa REVIVE, para concessão do Forte da Barra de Aveiro, na Gafanha da Nazaré, com um prazo para apresentação de propostas de 90 dias.
O Forte será concessionado durante 50 anos para exploração com fins turísticos (estabelecimento hoteleiro, como cerca de 50 quartos, alojamento local ou outro projeto de vocação turística), com a renda mínima anual de 6.444 euros.
A Secretária de Estado do Turismo marcou presença no evento e disse estar confiante num final feliz, relativamente a este e outros projetos de investimento público em Portugal. (com áudio)
O Forte da Barra de Aveiro é uma fortificação do tipo abaluartado, edificada no século XVII, no período pós restauração. Fez parte de um conjunto de fortalezas joaninas, construídas no mesmo período, para reforçar as fronteiras do reino. Em meados do século XIX a fortaleza perdeu importância defensiva e estratégica, sendo desativada das suas funções militares. Ainda serviu de local de orientação para entrada de barcos na Barra de Aveiro, mas perdeu essa função com a construção do Farol da Barra.
O imóvel, classificado como Imóvel de Interesse Público, tem uma localização privilegiada, sobre a foz do rio Vouga, em pleno Porto de Aveiro, na ilha da Mó de Baixo, 3709 m2.
Fernando Caçoilo, Presidente da Câmara de Ílhavo, acredita no sucesso desta 'operação' mas deixa alguns alertas. Considera que mais do que a quantidade o promotor deverá apostar na qualidade do projeto uma vez que há limitação de espaço (com áudio)
A Administração do Porto de Aveiro reage com satisfação. Fátima Alves refere que o turismo não entra nas competências portuárias mas é obrigação preservar o património (com áudio)