O presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro confessa alguma desilusão pela forma distante com muitos dos alunos se relacionam com a vida académica. André Reis admite que foi conseguida uma aproximação à cidade mas ainda com uma parte da academia pouco disponível para participar nas iniciativas organizadas pela Associação Académica.
A venda de pouco mais de dois mil bilhetes para um evento numa comunidade com 15 mil alunos é apontado como indicador negativo. Trabalhar a identidade e o sentimento de pertença são objetivos que coloca aos próximos órgãos sociais depois das eleições de Janeiro. Mesmo fora da corrida admite que há um trabalho de continuidade a desenvolver (com áudio).
André Reis em entrevista ao programa “Conversas” confirmou a mudança registada ao nível da aproximação com a Câmara de Aveiro e admite que não gostou de ouvir críticas ao alegado aproveitamento do autarca de Aveiro nas festas da associação. O dirigente deixa o reparo a quem crítica a forma como a autarquia de Aveiro se relaciona com os eventos da Associação Académica nomeadamente pela alteração do calendário da semana do Enterro para coincidir com as festas da cidade.
“Quanto tive conhecimento desse conteúdo político-partidário não fiquei agradado com o conteúdos dessas firmações. Nunca, em qualquer momento, sentimos aproveitamento por parte da Câmara de Aveiro na atividade da AAUAV. Reconhecemos mudança de atitude na Câmara e sempre quisemos que a Câmara estivesse presente junto das nossas grandes atividades. Queremos que quem nos ajuda esteja ao nosso lado e tenham esse protagonismo”.
Na entrevista que pode ser escutada às 19h, André Reis fala da importância de manter esse rumo de alinhamento entre as principais instituições e acredita que o futuro não estará dependente das personalidades mas de uma política de interesse comum. “O mesmo se aplica à colaboração com grupos desportivos”.
Os dirigentes associativos estão atentos aos processos eleitorais e depois das Legislativas refletem com os candidatos à Presidência da República com quem estão a reunir. “Esperamos o próximo presidente coloque o ensino superior na agenda e que faça questão de viver próximos dos jovens. Portugal discute muito a situação financeira mas acho que há uma discussão mais importante que é sobre a educação”.