A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz que Aveiro está a trabalhar a escala do serviço de urgência no mês de Outubro de forma irregular sem os recursos mínimos obrigatórios.
Aponta o caso da cirurgia geral limitada pelo pedido de escusa de médicos para irem além do limite anual de 150 horas já realizadas em 2023.
Acusa a direção clínica de manter os serviços “impondo equipas de urgência cirúrgicas claramente deficitárias que colocam em causa a segurança dos utentes e dos médicos”.
Revela que para evitar o encerramento do Serviço de Urgência, dos três elementos na escala de Cirurgia, o Conselho de Administração e o Diretor Clínico passaram a dois elementos - um especialista e um interno - ignorando as recomendações da Ordem dos Médicos.
A mira continua apontada ao braço de ferro com o Ministro da Saúde.
“Não sendo surpreendente a total falta de respeito pelos médicos, que é aliás uma marca d'água de Manuel Pizarro, deste Governo e dos vários agentes que, muitas vezes ao arrepio dos mais elementares princípios da ética, o sustentam, é absolutamente chocante o desrespeito que os CA e DC demonstram pela segurança dos doentes”.
Diz que além dos casos de Aveiro e Penafiel outros irão surgir nos prócimos dias.
“Ao invés deste tipo de engenharias e atropelamentos, irresponsáveis e inconsequentes, é urgente um conjunto de medidas capazes de fixar médicos no SNS, com as condições e a quantidade que o SNS merece e precisa”.