A Federação dos Sindicatos do Setor da Pesca chama atenção para os efeitos do aumento do preço dos combustíveis.
Esta estrutura vem a público pedir uma redução salientando que os problemas na cadeia da vão ter efeito geral e afetar de forma particular os pescadores da pesca artesanal.
“Face ao brutal aumento do preço dos combustíveis é urgente que o governo adopte para o sector das pescas, como terá feito noutros sectores, promovendo uma política de apoios que amortize o efeito desses aumentos e que nesses apoios, sejam tidos em conta tanto as empresas como os pescadores. Os pescadores são particularmente afetados pelo aumento do custo dos combustíveis, uma vez que, na maioria dos casos, pagam a fatura dos combustíveis das embarcações que sai do valor da venda antes do pagamento dos seus salários”.
Em Portugal estima-se que cerca de 2000 embarcações de pesca artesanal e costeira usem motores propulsores a gasolina, mantendo-se uma disparidade de apoios às respetivas motorizações a gasolina ou a gasóleo.
No caso do gasóleo é concedida a isenção do imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos mas no caso da gasolina é atribuído um subsídio que corresponde a uma redução no preço final da gasolina consumida.
Sendo necessário que os beneficiários façam candidaturas semestrais, posteriormente o pagamento do subsídio é efetuado através de transferência bancária que, segundo o sindicato, “tarda a chegar”.
“O sector da pesca está a suportar um aumento brutal nos custos de produção, com os custos com o combustível 40% mais caros que no pior mês de 2021. A Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca repudia a recusa do governo em adotar medidas eficazes que controlem os preços dos combustíveis, travando a atual onda especulativa”.