Economia e ambiente combinados na base da estratégia nacional do mar para a década.
O Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, defende que o papel das academias é fundamental e as atividades tradicionais, com forte vocação cultural em particular no setor pesqueiro, vão combinar-se com inovação, a ciência e a sustentabilidade de recursos.
Ricardo Serrão Santos diz que o documento não está fechado e exige, ainda, reflexão e contributos.
Na apresentação feita na Universidade de Aveiro e na visita a empresas da economia do mar defendeu a participação de todos em busca de um documento que poderá ser referencia internacional (com áudio)
A ENM está em consulta pública até 2 de novembro.
Trata-se de um instrumento de política pública para o Mar que apresenta a visão, objetivos, áreas de intervenção e metas do país para o período 2021–2030, no que se refere ao modelo de desenvolvimento do oceano.
Essa Estratégia Nacional assenta na recuperação da identidade marítima nacional, concretização do potencial económico, geoestratégico e geopolítico do território marítimo nacional, criar condições para atrair investimento, nacional e internacional e confirmar Portugal, a nível global, como nação marítima.
Numa década marcada pelas ameaças globais, com as alterações climáticas à cabeça, Portugal quer ganhar lugar de destaque nas novas políticas.
A ENM2030 prevê um Plano de Ação com 160 medidas e ações distribuídas por 10 objetivos estratégicos.
Combater as alterações climáticas e a poluição e restaurar os ecossistemas; fomentar o emprego e a economia azul circular e sustentável; descarbonizar a economia e promover as energias renováveis e autonomia energética; apostar na garantia da sustentabilidade e segurança alimentar; facilitar o acesso a água potável; promover a saúde e bem-estar; incrementar a educação, formação, cultura e literacia do Oceano; incentivar a reindustrialização e capacidade produtiva e digitalizar o Oceano; e garantir a segurança, soberania, cooperação e governação são os objetivos desta estratégia.
O Ministro esteve na Composite Solutions, uma empresa de base tecnológica que desenvolve equipamentos marítimos para diferentes aplicações, nomeadamente plataformas e dispositivos para medição das condições do mar, e na Algaplus, que se dedica ao cultivo controlado e sustentável de macroalgas marinhas autóctones da costa do Atlântico, num sistema em terra pioneiro na Europa e com certificação biológica.
Das empresas ouviu apelos ao reforço do investimento e à criação de condições para o investimento privado.
Helena Abreu, da AlgaPlus, teceu elogios aos responsáveis pela pasta e defendeu maior abertura aos operadores privados para evitar passos inconsequentes (com áudio)