Carlos Morais, professor do Departamento de Línguas e Culturas e diretor do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro (IC-UA), vai ser distinguido, numa cerimónia a 10 de dezembro, em Changsha, China, com o prémio “Diretor do Ano”. Todos os anos são distinguidas duas dezenas de diretores num universo de quase 600 institutos Confúcio em todo o mundo. No ano passado, o IC-UA foi distinguido com o prémio “Melhor Instituto Confúcio do Ano”, na mesma cerimónia.
Para o diretor do IC-UA, “este prémio é o resultado do trabalho desenvolvido ao longo de quase cinco anos, com o apoio de uma equipa pequena, mas magnífica e inexcedível, sempre pronta a ajudar, sempre pronta a fazer”.
Carlos Morais lidera uma equipa cujo empenho, desde a criação do IC-UA, resultou nos atuais cerca de 2750 alunos de mandarim, distribuídos por 113 turmas do ensino público e privado, de sete concelhos do distrito de Aveiro (S. João da Madeira, Espinho, Estarreja, Vale de Cambra, Oliveira de Azeméis, Aveiro e Águeda). Refira-se que este número de alunos corresponde a um aumento superior a 2100 alunos desde 2015. Merecedor de destaque também, nestes projetos, é o facto de as aulas do ensino básico (8 aos 15 anos de idade) serem ministradas por um par pedagógico, formado por um docente português e por um docente chinês. Toda a equipa docente do IC-UA, formada por 22 professores, recebe formação científico-pedagógica todas as semanas, no IC-UA.
Por outro lado, desde a criação do IC-UA, foram organizadas cerca de cinco centenas de atividades culturais, 21 exposições, três Congresso Internacionais (um deles sobre ensino de mandarim reuniu em Aveiro 20 delegações de Institutos Confúcio europeus), vários colóquios, conferências, e workshops de caligrafia, de música, de danças e jogos tradicionais chineses, bem como exibições de artes marciais em diferentes pontos do país, muitas vezes abrilhantadas com a dança do dragão, executada pelo “Yín Lóng – IC-UA Demo Team”, a equipa de artes marciais do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro. Entre estas atividades, estão as comemorações do Ano Novo Chinês, o Festival do Barco-Dragão (atividades que fazem já parte do programa cultural de Aveiro), o Festival das Lanternas, o Festival da Lua Cheia e o Dia Internacional dos Institutos Confúcio. Refira-se que muitos destes eventos foram promovidos em parceria com várias unidades orgânicas da UA, com os municípios da região, com os outros IC de Portugal e com a Embaixada da China em Portugal.
Com cerca de cinco anos de atividade, o IC-UA, além de agente facilitador de contactos com universidades chinesas, tem vindo, assim, a promover o ensino de chinês na região centro-norte de Portugal, sempre numa perspetiva intercultural e transdisciplinar, através de três vertentes devidamente articuladas e adequadas ao contexto português: O ensino da língua chinesa; O ensino e promoção da cultura chinesa; O desenvolvimento de atividades de investigação e a disseminação do conhecimento sinológico.
O diretor do IC-UA é coautor da “Gramática de língua chinesa para falantes de português” e de “Diálogos Interculturais Portugal-China 1”. Atualmente, prepara a publicação de “Chinês, um, dois, três” (um manual de Chinês para crianças portuguesas), do n.º 2 de “Diálogos Interculturais Portugal-China” e o lançamento do n.º 1 da “Revista Fénix” (Revista da Associação de Amigos do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro).