A Associação Portuguesa de Educação Ambiental aproveita o Dia Mundial do Ambiente para reforçar o papel social e político da Educação Ambiental e a sua relevância nos tempos pós confinamento e nos tempos que a crise, provocada pela pandemia COVID19, anuncia nas áreas social, ambiental, humanitária e económica.
Joaquim Ramos Pinto, presidente da ASPEA, fala em tempo de “constrangimentos” mas também de “oportunidades” resultantes da conjuntura pandémica.
Defende que a Carta da Terra pode ajudar a definir orientações quanto a repensar padrões de vida baseados no consumo “exacerbado e excedentário”.
“As diversas crises, e não só a crise económica, resultantes da Pandemia COVID-19, obrigam-nos a reconhecer o papel da Educação Ambiental para ajudar a refletir e a agir sobre o nosso modo de vida e como ele afeta a natureza e, consequentemente, a nossa própria saúde. Ecossistemas bem preservados fornecem serviços, além espaços para atividades recreativas, indispensáveis para nossa qualidade de vida e sobrevivência das gerações futuras”.
Quanto às decisões políticas defende que as cidades devem trabalhar por um futuro sustentável.
“Precisamos de medidas e políticas locais de sustentabilidade que abrandem medidas de cimento e alcatrão, para acelerarem medidas de valorização das pessoas, de erradicação da pobreza, de combate à exclusão social, de criação de mais e maiores espaços verdes onde de possa privilegiar a convivência intergeracional, do aumento das viais de mobilidade suave, ou de transportes públicos que respondam a todas as necessidades da comunidade”.