O festival Ilustração à Vista regressa ao Município de Ílhavo já a partir desta sexta-feira (10) e até domingo (12). Nesta quinta edição, o festival decorre na Vista Alegre e em Ílhavo e propõe mais de uma dezena de espetáculos e oficinas com foco na ilustração e na sua relação com outras artes performativas.
No ano em que se celebram 200 anos da Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, mas também 200 anos da 9ª Sinfonia de Beethoven, que estreou precisamente há dois séculos, a 7 de maio de 1824, o festival promove um concerto inédito que junta a Orquestra e Coro da Universidade do Minho com a designer Francisca Lima, que manipula uma ilustração ao vivo projetada na fachada da Capela da Vista Alegre. Neste desenho, que vai dialogando com a pauta musical, foram incorporados e explorados, de forma livre e abstrata, diferentes elementos do território da Vista Alegre. Este espetáculo é gratuito e acontece no Largo da Vista Alegre, no dia 11 de maio, às 22:00.
Também a partir do Lugar da Vista Alegre e dos seus arredores, a estrutura Esfera 4 - Waterworld desafia o público para o percurso sonoro “Criaturas”: uma proposta de passeio guiado, a partir de uma pista sonora que sugere seres ficcionais e narrativas imaginárias para uma caminhada comum. Este percurso realiza-se nos dias 11 e 12, às 15:00, com ponto de partida no Laboratório das Artes do Teatro da Vista Alegre.
No primeiro dia de Ilustração à Vista, a Casa da Cultura acolhe a inauguração da exposição “Inovação e identidade: 200 anos de marcas no território”, organizada pelo Museu Marítimo de Ílhavo, o concerto do Grupo de Percussão Simantra, que apresenta “Water Music”, do compositor Tan Dun, e ainda o espetáculo “A Grande Orquestra das Mãos de Barro”, da d’Orfeu AC, que junta vários músicos e criativos da região num grupo multidisciplinar que criou um concerto tendo como base “o barro como matéria-prima e o som como matéria-mãe”.
O festival apresenta ainda o concerto “Piano Oceano”, de Mariana Miguel (12 maio), o espetáculo “El Onírico Interior” (11 e 12 maio), a performance/arruada “Brimborions” (11 maio) e o espetáculo para famílias “A Tartaruga e o Menino do Mar” (11 maio), de Ana Sofia Paiva e Margarida Botelho, que também promovem a oficina “Luz Líquida” (12 maio). Ainda no contexto do Ilustração à Vista, a Vista Alegre apresenta o livro “Cadernos de Viagens da Vista Alegre" e a oficina “Desenhar a Vista Alegre” com o ilustrador científico Marco Nunes Correia e o Museu Marítimo de Ílhavo promove uma visita orientada pela ilustradora Sara Bandarra ao museu.
Destaque ainda para a estreia absoluta da instalação multidisciplinar e interativa “Três Luzes acenderam ao mesmo Tempo em Três Janelas Diferentes”, de noiserv e Berto Pinheiro, a partir do livro “Três-vezes-dez-elevado-a-oito-metros-por-segundos”, editado em 2022. A instalação combina música, luz e a narração do livro pela atriz Isabel Abreu. A instalação pode ser visitada em várias sessões gratuitas, nos dias 11 e 12 de maio, no Laboratório das Artes do Teatro da Vista Alegre. Na noite do dia 11, noiserv e o músico Pedro Branco encerram a noite com um dj set no exterior do Laboratório das Artes.
O Ilustração à Vista inclui ainda uma feira do livro ilustrado na Biblioteca Municipal de Ílhavo. O festival é organizado pelo Município de Ílhavo, através do projeto cultural 23 Milhas. Além da programação para o público em geral, há ainda atividades com as escolas e com outros grupos organizados. Os bilhetes custam entre 3,00€ a 6,00€ e alguns espetáculos são gratuitos.
Este sábado, as famílias com bebés e crianças até aos 5 anos são convidadas a viajar pelo mundo da água no Cineteatro Alba com “PaPI-Opus 9”, uma produção da Companhia de Música Teatral.
Construída a partir da peça-mãe “Aguário”, “PaPI-Opus 9” é uma experiência para os mais pequenos num formato de grande intimidade, que estimula a escuta atenta e a interação. A água, o elemento fundamental do cenário, é abordada como matéria artística e lúdica que se pode moldar como traço, gesto, som, fluindo no tempo e no espaço.
A sonoridade da manipulação dos elementos cénicos cruza-se com paisagens sonoras imaginárias construídas com sons gravados; os pingos da chuva, ondas do mar, fontes e rios, baleias e icebergs fazem parte de uma linguagem universal de que a voz e o movimento também fazem parte. Há ainda conversas em “agualim”, um dos dialetos da música cujo dicionário está por fazer… e ainda bem.
No Cineteatro Alba, serão apresentadas duas sessões tendo em conta a idade dos mais novos. A sessão das 11h00 é dirigida a bebés com idades até 36 meses e, pelas 15h30, o palco é para as crianças dos 3 aos 5 anos. Para cada sessão há uma lotação máxima de 12 bebés/ crianças. O preço por bebé/criança, com um acompanhante, é de 4 euros. O bilhete para cada acompanhante extra é também de 4 euros, sendo de 2 euros para o caso de ser portador Cartão Amigo, Cartão Sénior Municipal, Cartão Municipal de Voluntário e Jovens SUB 23.