Centro Hospitalar assegura que médicos da urgência têm formação adequada.

A administração hospitalar do Baixo Vouga garante que a maior parte dos clínicos escalados para a área COVID do Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro são detentores de formação apropriada.

Refuta as críticas feitas pelo Sindicado dos Médicos da Zona Centro (SMZC) e garante que aqueles profissionais têm formação não só em Suporte Avançado de Vida, como em Transporte de Doentes Crítico.

Segunda-feira, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro emitiu um comunicado dizendo haver "médicos sem formação em Suporte Avançado de Vida" a receber doentes emergentes no Hospital de Aveiro.

Aquele sindicato acusou a administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) de recorrer a "médicos tarefeiros (contratados a recibo verde) para cumprir as escalas de Urgência Covid, recebendo doentes emergentes, sendo que a sua maioria não tem formação em Suporte Avançado de Vida (SAV)".

"Este conjunto de médicos "tarefeiros", muitos deles especialistas, trabalha há muitos anos nos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, são excelentes profissionais, colaborantes, com vocação nata para a emergência e para a urgência e que, pelo histórico da relação com o CHBV, merecem toda a confiança por parte do conselho de administração, que refuta a forma como são retratados no comunicado do SMZC", reage a administração hospitalar em nota enviada à Lusa.

O conselho de administração do CHBV considera "extemporâneo" o comunicado daquele sindicato, que está envolvido nas negociações para a reorganização do Serviço de Urgência, e garante que "as escalas têm sido asseguradas e os cuidados têm sido prestados com segurança e qualidade".

"No CHBV, encetou-se, há já duas semanas, uma negociação com as especialidades habitualmente envolvidas no Serviço de Urgência, e na qual participaram a Ordem dos Médicos e o SMZC. O processo negocial está em curso, estando, de resto, agendada mais uma reunião para quarta-feira", esclarece o conselho de administração reconhecendo que ainda não foi possível obter consenso.

 

Texto: Lusa