Ílhavo avança para a centralização do atendimento aos utentes com doenças respiratórias.
As responsáveis pelas unidades de saúde familiar Beira Ria e Atlântico Norte na Gafanha da Nazaré assumem mudanças a partir de segunda-feira, dia 23, com atendimento na área da consulta externa do centro de saúde de Ílhavo junto ao Museu Marítimo.
Nesta fase a preocupação é anunciar a alteração ao modelo.
“Queríamos alertar as pessoas da Gafanha da Nazaré, Gafanha da Encarnação e Gafanha do Carmo que todas as doenças agudas de foro respiratório (febre, tosse, cansaço, dor de cabeça) passam a ser atendidas na unidade que vai abrir, em Ílhavo, na zona da consulta aberta, com triagem à entrada do edifício. Ai serão atendidas em segurança. Ou seja, este atendimento deixa de ser feito nas unidades descentralizadas” refere Sandra Almeida, médica responsável pela USF Beira Ria.
O serviço vai funcionar entre as 8h e as 20h.
Os profissionais encaram o momento como excecional com apelos à sensatez dos utentes.
“Penso que é um desafio, uma altura para prudência e ser sensatos. Às vezes esquecemos. Não tratemos isto como simples gripe. Tem consequências mais marcadas. Mas também não podemos encarar isto como catástrofe. Tentamos fazer a nossa parte da melhor forma e a população tem que fazer a sua parte. Quem não tem obrigações deve manter-se em casa pelo maior tempo possível. Quando se sai escolher um elemento da família para ir com todas as precauções. É importante manter isolamento social”.
Os clínicos sugerem cuidado na gestão de informação.
“As redes socais têm informação útil mas também muitas coisas pouco uteis. A DGS tem muita informação disponível. Não sei se vai demorar um mês ou mais mas vamos ultrapassar isto”.
Sandra Januário, médica responsável pela USF Atlântico Norte, realça o papel dos utentes.
“Falta acrescentar que a situação vai desafiar-nos a todos e que todos devemos assumir papel de responsabilidade ativa. Esta é uma realidade que nos desafia e que nos põe à prova a gerir situações de crise. Tudo vai depender da ação de cada um de nós. Estamos disponíveis para os utentes mas preferencialmente sugerimos o contacto telefónico. Há que tentar manter a saúde mental. Cada um precisa de criar estratégias para ultrapassar a situação”.