A candidatura do barco moliceiro a património da humanidade está formalmente lançada e espera a decisão.
O processo, lançado em 2019, mereceu apoio dos 11 municípios da região.
Na base está um trabalho já com mais de 10 anos.
Os Moliceiros e a Construção Naval da Ria de Aveiro poderão ser Património da Humanidade em 2023.
Essa é a aposta dos municípios que pretendem aproveitar o selo para promover toda a região da ria.
Ribau Esteves, presidente da CIRA, explica que o trabalho de apresentação está feito e que agora é necessário esperar pela resposta (com áudio)
O processo contou com o apoio técnico do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo que sustenta o carácter “altamente diferenciador” da embarcação na cultura ribeirinha a nível internacional.
A embarcação usada na apanha do moliço e que hoje está adaptada aos passeios turísticos tem na Murtosa uma das suas bases com estaleiros que ainda operam.
Fátima Arede, vereadora da Câmara da Murtosa, aproveitou a inauguração da exposição temporária “Bota-abaixo”, no Museu Marítimo de Ílhavo, para exaltar o lugar do Moliceiro na mostra que espelha a memória e a tradição da construção naval em madeira nos municípios de Ílhavo, Peniche e Murtosa.
E é da Murtosa que chega o Moliceiro como símbolo da navegação na laguna.
A autarca entende que a classificação como património da humanidade pode dar um empurrão decisivo na preservação e relançamento do moliceiro (com áudio)
Mariana Ramos, responsável pela pasta da cultura em Ílhavo, reforça essa ideia.
E lembra que a construção naval tem, no município, um lugar de destaque no campo da memória, em particular quando se fala da pesca longínqua (com áudio)