Adivinha-se um braço de ferro entre a Câmara de Aveiro e a direção do agrupamento de escolas de Aveiro quanto ao futuro da Secundária Homem Cristo. A notícia sobre o eventual interesse da Câmara na desativação da escola para instalação de serviços municipais agitou o meio académico mas a Câmara diz que não pode haver tabus no debate sobre a carta educativa.
Ribau Esteves adiantou na reunião de terça-feira, em Cacia, que o debate sobre a revisão da Carta Educativa está em aberto e vai dar pistas sobre as soluções de futuro mas avisa que não será possível manter todas as escolas tal como existem nos dias de hoje (com áudio).
Em nota publicada, esta sexta, no Diário de Aveiro, a direção do agrupamento diz que a Câmara “não vai ocupar a Homem Cristo” salientando que a autarquia não está “capacitada em termos financeiros” para o investimento necessário.
Carlos Magalhães, diretor do Agrupamento de Escolas, sublinha que a questão nunca foi colocada e que espera lealdade por parte da autarquia. A escola tem 500 alunos e a direção defende que o estabelecimento faz parte da história da cidade. “Porque já Girão Pereira, Celso Santos, Alberto Souto e Élio Maia, passando pelos mesmos constrangimentos de espaço e de orçamento, souberam perpetuar o histórico da sua cidade”, sublinha o esclarecimento do diretor publicado no DA.
Carlos Magalhães defende o agrupamento como o que de entre os agrupamentos de Aveiro tem mais vagas para o concurso de professores. “Uma escola é muito mais que um edifício, havendo boas escolas em menos bons edifícios e más escolas em edifícios muito bons”.