Beira-Mar: Investidor compromete-se a injetar 5 milhões de euros na promoção da equipa de futebol.

Os sócios do Beira-Mar votam, esta noite, na sala de imprensa do estádio municipal de Aveiro, a decisão sobre a constituição de uma Sociedade Desportiva por Quotas (SDQ) que no futuro será convertida em Sociedade Anónima Desportiva (SAD).

O que começou numa parceria com o empresário Breno Silva vai dar lugar a uma proposta de constituição de um projeto empresarial para a gestão do futebol “profissional”.

A proposta prevê a separação da atividade profissional do futebol da estrutura associativa amadora do clube.

Breno Dias Silva, de nacionalidade brasileira (titular de Passaporte italiano), residente em Londres, é o pivot da nova estratégia.

Ligado a processos de expansão internacional de empresas, habituado a liderar processos de investimento e formação de empresas locais, até à montagem de equipas, abertura de mercados e envolvimento com tomadores de decisão e gestores públicos em todo o mundo, surge como rosto de um projeto que tem vindo a ser trabalhado nos últimos meses.

A presença de empresas no mercado europeu e a ação da Ibero Partners na promoção de uma agenda bilateral entre Brasil e Portugal, facilitando a internacionalização de empresas brasileiras, com um projeto empresarial considerado “muito relevante” em curso para a Região de Aveiro, vieram juntar as “peças” deste puzzle.

Sabe-se que a proposta inicial prevê a criação de uma sociedade com capital social inicial de 500 mil euros, com o clube a assegurar 10% (50 mil).

Breno Dias Silva ou uma sociedade por si indicada fica com 90% do capital social da Sociedade Desportiva mediante um investimento inicial, em dinheiro, de 450 mil euros que poderá ser alargado, no futuro, com entrada de outros investidores, mediante autorização do clube e com salvaguarda dos interesses históricos, identitários e sociais do clube.

Pedro Moreira, Fábio Barros, Henrique Martins e Guy Sauce são funcionários que transitam do clube para a sociedade e nas premissas de criação estão vertidos os princípios aprovados pelos sócios quanto à gestão, direitos, pagamentos, responsabilidades e partilha de receitas.

Com o surgimento da nova Sociedade Desportiva, Clube e Autarquia negoceiam os termos da utilização do estádio e da Academia. 

O investidor compromete-se a investimentos no montante global de 10 milhões de euros salientando-se a liquidação ao Clube do montante do seu passivo, até ao limite de 1.5 milhões.

Na constituição da Sociedade Desportiva são entregues 500 mil euros e há plano de pagamentos para um milhão de euros a realizar num prazo máximo de 10 anos.

O clube compromete-se a utilizar esse dinheiro na liquidação de passivo.

Ficam também assentes pressupostos para, em caso de incumprimento do pagamento, poder dar-se a resolução do acordo com o investidor e a reversão automática das ações/quotas da Sociedade Desportiva.

Nos primeiros cinco anos, o gestor do futebol obriga-se a disponibilizar um total de 5 milhões de euros para garantir condições à promoção da equipa principal de futebol a escalões superiores.

Vai também investir, neste período um valor mínimo de 3,5 milhões em infraestruturas essenciais ao desenvolvimento desportivo do projeto do Clube e da Sociedade (Centro de Alto-Rendimento).