A presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro defende a criação de uma estrutura de missão para a gestão da ria de Aveiro como forma de ultrapassar o impasse gerado com a criação de entidade gestora.
Fátima Alves participou na apresentação do livro “Ilhas da Ria”, da autoria de Maria José Santana, esta quarta-feira, no ISCIA, e deixou claro que o arrastamento do processo estará relacionado com a questão crónica dos interesses cruzados que pode despertar uma área tão rica.
A gestora que é investigadora da Universidade de Aveiro assume que essas visões são díspares e podem ir da economia ao ambiente.
Dá o exemplo da gestão portuária, pressionada para melhorar os acessos à barra com entrada de embarcações de cada vez maiores dimensões ou a criação de áreas de concessão, como por exemplo a criação de uma marina oceânica.
Cada um olha para a ria de uma forma, à sua maneira, e de acordo com os seus interesses.
Ainda assim, diz que a ria deve ser olhada como ecossistema dinâmico que vai ser sempre palco de equilíbrios.
Como forma de ultrapassar constrangimentos quanto ao modelo de gestão, defende a criação de uma estrutura de missão que seja sujeita a avaliação (com áudio)
O livro “Ilhas da Ria”, da autoria de Maria José Santana, coloca, de novo, a ria, no centro das reflexões em nome da preservação dos territórios, a sua manutenção e os usos possíveis.
Maria José Santana assume que um dos fins do livro é, também, deixar esse grito de alerta em defesa do património natural e cultural da Região (com áudio)
A docente do ISCIA escreveu sobre o espaço lagunar e a sua importância na economia regional.
E deixou uma mensagem que funciona como recado dos utilizadores primários, aqueles que dependem da ria de forma mais direta.
A autora diz que os pescadores não querem uma ria “politizada” (com áudio)