O apelo público à reversão do abate de árvores na envolvente à Escola Básica 2,3 de São Bernardo quer mobilizar a comunidade escolar e aproveitar a celebração do Dia da Árvore para dar visibilidade ao tema.
Moradores que contestam o abate previsto no âmbito da requalificação dos acessos esperam que alunos e professores sejam capazes de assumir o que pretendem para o futuro daquela área.
O abate está a ser associado à criação de lugares de estacionamento e à repavimentação da área criando condições para uma circulação pedonal que hoje está mais dificultada.
Olga Pinho que tem sido o rosto da contestação lembra que a substituição de árvores não é apenas uma questão numérica uma vez que as árvores têm 25 anos e as que surgirem no lugar das antigas levam tempo a crescer.
O desafio à criação de soluções alternativas ao abate de 75 árvores adultas, com cerca de 25 anos, em torno da escola, é o mote da intervenção.
A moradora faz o apelo a Ribau Esteves para que consiga a reabilitação sem recorrer ao abate e diz que falta informação sobre o projeto.
“Penso que a população deveria ter sido consultada e informada e tem o direito a manifestar a sua opinião ao Presidente da Câmara de Aveiro. Os pais têm o direito a dizer se preferem um lugar para parar o carro 2 minutos quando vão deixar os filhos na escola ou se preferem que, nesse mesmo lugar, esteja uma árvore adulta com 25 anos a dar sombra no recreio e a purificar o ar que o seu filho vai respirar durante todo o dia ou, ainda se preferem que, ao lado das árvores haja uma ecovia, uma faixa pedonal e ciclável para que o seu filho possa utilizar, em segurança, para ir a pé ou de bicicleta para a escola, quando está bom tempo”.
O presidente da Câmara de Aveiro garante que a decisão de planeamento tem sustentação técnica e que os erros do passado não devem ser mantidos.
“Temos um conjunto de árvores em locais errados. Primeiro estão as pessoas, passeios com 1,50 metros não podem ter árvores. Temos um projeto de qualidade para a envolvente da escola de São Bernardo”.